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A história de Pelé em quatro Copas do Mundo, de 1958 a 1970

A história de Pelé em quatro Copas do Mundo, de 1958 a 1970
A história de Pelé em quatro Copas do Mundo, de 1958 a 1970AFP
Com três Copas do Mundo conquistadas, um recorde digno do "Rei", Pelé também se tornou uma lenda com gols espetaculares, gestos mágicos e até pelos golpes recebidos.

Mundial-1958: a ascensão do "Rei"

Pela primeira vez, a Copa do Mundo foi transmitida pela televisão para mais de 60 países. Em boa hora para o mundo ver na Suécia o nascimento de um prodígio de 17 anos, ainda adolescente, que desmontou seus adversários com a bola nos pés.

Contundido antes do Mundial, Pelé perdeu as primeiras duas partidas, contra Áustria (3-0) e Inglaterra (0-0). Seu primeiro jogo foi contra a União Soviética (2-0), formando o "tridente" ofensivo com Garrincha e Vavá.

Tornou-se o atleta mais jovem a disputar uma Copa do Mundo e estabeleceu outro recorde nas quartas de final: o mais jovem a marcar um gol no Mundial, contra o País de Gales (1-0).

Em seguida, marcou três gols - em apenas 23 minutos - contra a poderosa França (5-2) de Fontaine e Kopa, nas semifinais, e anotou outros dois contra a Suécia (5-2), na final.

Contra a Suécia, marcou um gol de placa: matou a bola no peito na grande área, deu um lençol no marcador e completou sem deixar a bola cair, para o delírio da torcida.

O segundo contra os suecos foi uma cabeçada que encobriu o goleiro para acabar no fundo da rede.

Ao final da Copa da Suécia, seis gols em quatro partidas e uma contribuição fundamental para o título. Carregado nos ombros por seus companheiros, suas lágrimas lembraram ao mundo que ainda era um menino.

Acompanhe a cobertura da despedida de PeléAcompanhe a cobertura da despedida de Pelé

Mundial-1962: O "Rei" ferido 

Agora conhecido por todos, Pelé defende sua coroa na Copa do Chile. Começa bem, com um gol contra o México (2-0), mas um estiramento na virilha se agrava contra a Tchecoslováquia (0-0) e o afasta definitivamente do Mundial. Do banco, Pelé vê a Seleção chegar a seu segundo título mundial, tendo Garrincha como protagonista.

Mundial-1966: Caça ao "Rei"

Pelé chegou à Inglaterra com 25 anos sonhando com seu terceiro título mundial, mas muitos não queriam ver a seleção brasileira conseguir o tricampeonato.

Sob o olhar impassível dos árbitros, os adversários bateram sem piedade no camisa 10 do Brasil, começando pelo zagueiro búlgaro Zhechev, o que não impediu que Pelé marcasse o seu na vitória por 2 a 0.

Por precaução, não atuou na derrota por 3 a 1 diante da Hungria, e foi caçado em campo por Morais na partida contra Portugal, a qual não pôde terminar. O Brasil perdeu por 3 a 1 para Portugal e caiu na primeira fase. "Comecei o trabalho e Morais terminou", confessaria Zhechev anos depois.

Mundial-1970: o retorno do "Rei"

Frustrado pelo fracasso na Inglaterra, Pelé abandonou durante dois anos a seleção brasileira, mas voltou para integrar um time inigualável, formado por craques como Jairzinho, Tostão, Gérson, Rivelino e Carlos Alberto Torres.

No México, com a "melhor seleção da história", Pelé disputou sua última Copa do Mundo para realizar uma obra-prima.

Marcou contra a Tchecoslováquia (4-1) e colocou Gordon Banks na história com a "defesa do século", após cabecear no canto do goleiro inglês uma bola que parecia indefensável. Jairzinho marcou na vitória por 1 a 0 sobre os ingleses.

Pelé fez dois gols na vitória sobre a Romênia, por 3 a 2. Depois veio o Peru nas quartas de final (4-2), e o Uruguai nas semis, com vitória do Brasil por 3 a 1, em jogo que ficou marcado pelo drible espetacular do "Rei" sobre o goleiro Mazurkiewicz, numa jogada em que a bola acabou saindo pela linha de fundo.

Na final contra a Itália, Pelé abriu o placar com um gol de cabeça inesquecível, antes de dar um passe de mestre para o gol decisivo de Carlos Alberto (4-1).

Como na Suécia, Pelé foi carregado nos ombros, no estádio Azteca, mas desta vez o "Rei" consagrado não chorou.