As federações de Inglaterra, País de Gales, Bélgica, Holanda, Suíça, Alemanha e Dinamarca haviam dito na segunda-feira (21) que foram pressionadas pela FIFA a abandonar o protesto, pois a entidade máxima do futebol ameaçou distribuir cartões amarelos aos capitães que usassem a braçadeira arco-íris.
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O assessor de imprensa da DFB, Steffen Simon, disse à rádio alemã Deutschlandfunk que a Inglaterra, que seria o primeiro time a entrar em campo com a OneLove, havia sido ameaçada com múltiplas sanções esportivas.
"O diretor do torneio foi até a equipe inglesa e falou sobre violações múltiplas de regras e ameaçou com pesadas sanções esportivas sem especificar quais seriam", disse o assessor.
Steffen Simon, que não especificou se estava se referindo aos organizadores locais ou à FIFA, disse que as outras seis nações decidiram então "mostrar solidariedade" e acompanhar a decisão inglesa.
"Perdemos a braçadeira e é muito doloroso, mas somos as mesmas pessoas de antes, com os mesmos valores. Não somos impostores que afirmam ter valores e depois os traem", disse ele.
"Estávamos em uma situação extrema, de chantagem extrema e pensamos que tínhamos que tomar essa decisão mesmo sem querer tomá-la", completou.
A desistência da DFB em usar a braçadeira não pegou bem na Alemanha, com a cadeia de supermercados Rewe abandonando seu patrocínio da seleção.
"Posso entender a decepção. Tivemos a escolha entre a peste e a cólera", disse Simon, acrescentando que a DFB faz “oposição fundamental dentro da FIFA".