Ana Marcela Cunha chega em 4º na maratona aquática e fica sem medalha em Paris
A prova foi disputada nesta quinta-feira (8) no rio Sena, após meses de incerteza devido à qualidade da água.
Campeã no Rio 2016 e prata em Tóquio 2020, Van Rouwendaal, 30 anos, completou os 10 quilômetros de prova com o tempo de 2 horas, 3 minutos e 34,2 segundos. A australiana Moesha Johnson (+5,5 segundos) levou a prata e a italiana Ginevra Tadeucci (+8,6) a medalha de bronze.
Ana Marcela Cunha completou a prova em 2 horas, 4 minutos e 15,7 segundos. A outra brasileira na prova, Viviane Jungblut, foi a 11ª colocada, com o tempo de 2 horas, 6 minutos e 15,8 segundos.
A australiana Johnson, 26 anos, liderou a maior parte da prova, uma semana depois de terminar os 1.500 metros na sexta posição nas provas de natação disputadas na Arena La Defense.
Porém, Van Rouwendaal, que também é a atual campeã da prova, permaneceu próxima e acelerou o ritmo na sexta e última volta da prova.
Uma das melhores atletas da história da maratona aquática, Ana Marcela Cunha permaneceu entre as três primeiras nas duas primeiras voltas da prova de 10 quilômetros.
A atleta baiana, de 32 anos, chegou a questionar a escolha do Sena para a prova em uma entrevista à AFP seis meses antes dos Jogos. "A saúde do atleta está em primeiro lugar", disse na época.
Paris investiu milhões de euros para descontaminar suas águas, que também receberam as provas de triatlo, mas os testes detectaram diversas vezes bactérias indicativas de contaminação fecal.
Desde o início dos Jogos, cinco treinos foram cancelados e a prova do triatlo masculino foi adiada por um dia porque a qualidade da água não era adequada para a natação.
Vários triatletas expressaram frustração com os cancelamentos, assim como com a incerteza sobre a disputa das provas nas datas previstas.
Alguns deles relataram problemas gástricos, mas não vincularam ao nado no Sena.
A maratona aquática masculina será disputada na sexta-feira (9), com a participação do brasileiro Guilherme Costa.