Análise do 11Hacks: Sul-coreanos vão ameaçar o Brasil pelo alto

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Análise do 11Hacks: Sul-coreanos vão ameaçar o Brasil pelo alto

Voa, Son
Voa, SonProfimedia
Você imaginava ver três equipes das eliminatórias asiáticas chegando no mata-mata da Copa do Catar? A Austrália conseguiu avançar em um grupo que tinha França e Dinamarca; a Coréia do Sul fez o mesmo em uma chave que tinha Portugal e Uruguai, e o Japão deixou para trás a Espanha e a Alemanha.

Após a eliminação da Austrália contra a Argentina no sábado (3), Japão e Coréia decidem seu destino nesta segunda (5). Enquanto a seleção japonesa não é completamente azarão contra a Croácia, os sul-coreanos têm tarefa bem mais complicada contra o favorito Brasil.

A análise de dados feita pelos especialistas da 11Hacks mostra que a Coréia do Sul cria a maior parte de suas chances por ambas as alas, especialmente pelo lado esquerdo. 

Uma das peças mais importantes da seleção do técnico Paulo Bento é o lateral esquerdo Jin-Su Kim, que é um dos jogadores que mais cruza bola na área em toda a Copa. 

Ele faz uma média de cinco cruzamentos na área adversária por jogo, assim como Borna Sosa da Croácia e Antonee Robinson, dos Estados Unidos. O único jogador com média maior que o trio foi o alemão David Raum, que deixou um boa impressão no Mundial apesar da eliminação precoce da Alemanha.

Os cruzamentos de Jin-Su são muito precisos e criam boas oportunidades de finalização. Na métrica das assistências esperadas, somente Sergiño Dest, Thomas Meunier e Raum (todos já eliminados) são melhores que o coreano neste quesito. 

Perigo na bola parada

O Brasil tem que ser muito cuidadoso em situações de bola parada. As métricas de dados para os gols esperados (xG) mostram que apenas nove outras equipes criaram mais chances perigosas a partir de escanteios e cobranças de falta.

A estrela Heung-Min Son, e seu parceiro, o meia ofensivo do Mallorca Kang-in Lee, são os principais responsáveis pelas cobranças. No lado dos receptores das bolas aéreas, três nomes em particular se destacam: os zagueiros Min-Jae Kim e Young-Gwon Kim e o atacante Gue-Sung Cho. Estes três são os três que entram na zona final do campo na maioria das vezes.

Os coreanos têm a oitava melhor média de cabeçadas bem sucedidas na Copa. Eles se destacam ainda mais quando olhamos para a taxa de sucesso nas divididas aéreas defensivas, onde eles são o sexto melhor. Nas ofensivas, eles estão em 10º.

Além disso, seus jogadores lêem bem o jogo no último terço do campo e são os melhores do Mundial quando o assunto é recuperação de rebote defensivo. O Brasil, por outro lado, parece vulnerável pelo alto. Por exemplo, a média brasileira de cabeçadas defensivas bem sucedidas é a pior do torneio

A Coréia do Sul também tem bons números em várias outras métricas de dados.

Eles recuperam a posse de bola no campo adversário em 10 segundos 24,50% das vezes, o que é o sexto melhor resultado do Mundial. A eficiência de pressão do Brasil é semelhante, e até agora o time de Tite está em sétimo nesse quesito (uma posição atrás de seus oponentes nas oitavas de final).

Os coreanos também podem ameaçar com contra-ataques. Até agora, a equipe de Paulo Bento tem uma média de quatro por jogo (estão apenas atrás da Alemanha, França, Portugal, Brasil e Irã).

E olho em Min-Jae. O jogador do Napoli tem sido um dos defensores mais sólidos de toda a Copa. Ele ganha 85,71% de seus duelos de cabeça, recebe um grande número de bolas e não cometeu nenhuma falta até agora. Além disso, ele é excelente nos cruzamentos e tem reproduzido no Catar as boas atuações no clube italiano.

As habilidades de Min-Jae serão necessárias - mais do que nunca - em ambos os lados do campo nesta segunda-feira. Sua equipe garantiu a qualificação para as oitavas com um gol contra Portugal que nasceu de uma bola parada. Será que a Coréia do Sul pode surpreender outro favorito?

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