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Ancelotti x Xavi: Duelo de experiência contra convicção no “El Clásico”

Ancelotti e Xavi voltarão a se enfrentar neste domingo (16)
Ancelotti e Xavi voltarão a se enfrentar neste domingo (16)Profimedia
O treinador italiano está no mundo do futebol há mais de quatro décadas. O catalão, por sua vez, chegou no ano passado como o "salva-vidas" de Joan Laporta após a desastrosa passagem de Ronald Koeman. El Clásico marcará o duelo entre o conceito de experiência, no caso de Ancelotti, e de convicção, no de Hernández.

Um clássico é um jogo diferente, sem favoritos. Um confronto entre Real Madrid e Barcelona, em La Liga, se encaixa nas características de uma partida dessa natureza. 

Nos bancos de reservas do Santiago Bernabéu estarão dois treinadores que têm em comum o status de ídolo: Carlo Ancelotti e Xavi Hernández. O italiano, duas vezes campeão da Liga dos Campeões com os merengues (e outras duas com o Milan); o catalão, três vezes campeão da Champions como jogador. 

Tanto Ancelotti quanto Xavi compartilham outro ponto mais tático, além do status de ídolo: a criação de um sistema de jogo que é cativante, chama a atenção e gera resultados a médio prazo.

Confira a tabela e a classificação atualizada de La Liga

Ambos os treinadores se destacam por implementar esquemas ofensivos baseados na circulação da bola. Ancelotti o fez no Bayern; no Milan de Kaká, Pirlo, Gattuso e Shevchenko; e no Napoli. Xavi, por sua vez, destacou-se no Catar e levou ao Oriente Médio os ideais do Barça, o tiki-taka de Johan Cruyff. 

O Bernabéu será o lugar onde o italiano e o catalão se encontrarão novamente. A tensão, a competitividade e a necessidade de um bom resultado perseguem as duas equipes que compartilham a liderança de La Liga com 22 pontos.

Um Xavi abatido

Após a quase eliminação da Liga dos Campeões, El Clásico é um jogo que vale mais do que três pontos, que dá a Xavi a chance de justificar-se com a torcida e mostrar que, pelo menos no cenário doméstico, ele pode fazer coisas interessantes ou até mesmo ganhar títulos. 

As estatísticas revelam um Barcelona ofensivo, físico e empolgante. O time de Xavi Hernández está em uma série de sete vitórias consecutivas; a única mancha na campanha em La Liga foi o empate sem gols com o Rayo Vallecano na primeira rodada. 

Barcelona leva vantagem no saldo de gols
Barcelona leva vantagem no saldo de golsBarcelona leva vantagem no saldo de gols

O Barça está sorrindo na competição doméstica. Os resultados estão chegando por conta própria. A posse, a circulação da bola, a profundidade. A competição local é um ciclo perfeito para os culés. As virtudes do Barcelona em La Liga são muitas: circulação, controle do ritmo da partida, jogo dinâmico; profundidade nas pontas, criação de perigo, saída com a bola no pé. 

Os pontos negativos do Barcelona na competição nacional foram vistos nas duas últimas partidas, contra Mallorca e Celta. Ambos os resultados terminaram em 1x0 a favor do time de Xavi. Entretanto, a realidade mostra que, quando Robert Lewandowski está desconectado de Pedri e Gavi, a criação de chances dos blaugranas é limitada. 

A experiência de Ancelotti

Ao contrário do Barcelona, que sucumbiu à tática da Inter na Liga dos Campeões, o Real Madrid vive uma fase satisfatória sob o comando de um treinador experiente, calmo e versátil. Na Champions, o Real Madrid se classificou para as oitavas de final com duas rodadas de antecedência. Em La Liga, o clube divide a liderança com o Barcelona com 22 pontos (o saldo positivo de 20 gols faz com que o Barça esteja na ponta).

Identificar um sistema de jogo específico de Carlo Ancelotti é uma tarefa difícil. Em sua segunda temporada como técnico da equipe, o italiano optou por construir uma base que se adapta às necessidades de cada partida. 

Contra o Betis, no Santiago Bernabéu, o Real Madrid começou com o 4-3-3 de sempre. A circulação da bola, a ofensividade e a criação de perigo mostraram uma equipe que queria dominar sob a premissa da posse de bola. O resultado, de 2x1 (Rodrygo e Vinícius Júnior/Sergio Canales) ficou barato. 

Contra o Atlético de Madrid, Ancelotti decidiu implementar um sistema defensivo. O italiano sabia que os colchoneros pressionariam alto e buscariam situações de bola parada. O Real Madrid entregou a posse de bola ao time de Diego Simeone, que circulava, sem profundidade e sem criação de perigo, uma bola perdida no meio-campo. O resultado foi o mesmo que contra o Betis: um 2x1 (Rodrygo e Valverde/Mario Hermoso) que, da mesma forma, ficou barato. 

Em resumo, o Real Madrid de Carlo Ancelotti é uma equipe compacta, versátil e, acima de tudo, agressiva. O Barcelona do Xavi é, até agora, o melhor clube de La Liga. Os números estão do lado de Hernández. No entanto, o empate com a Inter na Liga dos Campeões é um fator que pressiona o Barça a sobreviver.

A experiência de Ancelotti está entre as forças do Real Madrid. O italiano, já classificado para as oitavas da Champions, sabe que tem a possibilidade de enterrar o Barcelona neste domingo e, dessa forma, definir o campeonato doméstico em outubro, com uma Copa do Mundo no meio do calendário.