Neste Dia Internacional das Mulheres, o governo se comprometeu a investir milhões de libras em atividades esportivas nas escolas e a proporcionar acesso igualitário a todos os esportes nas aulas de Educação Física para meninos e meninas, além de um mínimo de duas horas de aula por semana.
No dia seguinte à final a Euro, em Wembley, as Leoas escreveram uma carta aberta aos então candidatos a primeiro-ministro do Reino Unido, apresentando as exigências que agora serão atendidas.
Atualmente, segundo a Federação Inglesa (FA), apenas 67% de todas as escolas e 41% das escolas secundárias oferecem futebol também para meninas nas aulas de Educação Física e apenas 46% das escolas oferecem as mesmas oportunidades extracurriculares que os meninos.
Leah Williamson, a capitã da Inglaterra, saudou o anúncio dizendo "este é o legado que queremos ver perdurar por muito mais tempo do que nós como uma equipe".
O governo disse que mais de £600 milhões seriam fornecidos nos próximos dois anos para melhorar a educação física e os esportes nas escolas primárias e até mais £57 milhões para abrir mais instalações esportivas fora do horário escolar, especialmente destinadas a meninas, alunos desfavorecidos e alunos com necessidades educacionais especiais.
"O sucesso do verão inspirou muitas meninas a perseguirem sua paixão pelo futebol. Vemos como nossa responsabilidade abrir as portas para elas e este anúncio torna isso possível", disse Williamson.
O governo também distribuirá novas diretrizes sobre igualdade de acesso esportivo para os educadores.
"Ao tornar o futebol mais acessível a milhões de meninas em todo o país, abrimos uma porta crucial para o crescimento do futebol feminino e do esporte feminino como um todo. Estou orgulhosa de fazer parte de algo que viverá por gerações futuras. Isto é apenas o começo", disse Lotte Wubben‑Moy, zagueira do Arsenal e da seleção.
"Uma conversa liderada por Lotte Wubben-Moy e Leah Williamson no ônibus das comemorações na Trafalgar Square (em Londres) proporcionou hoje uma verdadeira mudança na sociedade", afirmou Sue Campbell, diretora de futebol feminino da Federação Inglesa (FA).