Argentina enfrenta nas quartas de final uma Holanda com sede de vingança
Daquele duelo de oito anos atrás vencido pelos sul-americanos nos pênaltis (após um empate em 0 a 0 nos 120 minutos), apenas Lionel Messi e Ángel Di María seguem na seleção argentina. Na Holanda há mais remanescentes: Daley Blind, Stefan De Vrij e Memphis Depay, além do treinador Louis Van Gaal.
"Messi é um desses tipos de jogadores que podem decidir uma partida em uma ação individual. Naquela semifinal de 2014, ele não tocou em uma bola e perdemos nos pênaltis. Agora queremos nossa revanche", disse o técnico.
Aquele confronto em São Paulo foi o quinto disputado entre Argentina e Holanda em Copas do Mundo, com saldo por enquanto empatado: duas vitórias para cada lado e um empate.
Uma dos triunfos argentinos em especial traz ótimas lembranças para os sul-americanos. Foi o que levou a Albiceleste a conquistar seu primeiro título mundial, em 1978, com dois gols de Mario Kempes naquele 3 a 1 na prorrogação no estádio Monumental em Buenos Aires.
Van Gaal, de 71 anos, o treinador mais velho deste Mundial, terá pela frente o técnico mais jovem, Lionel Scaloni (44), que devolveu as esperanças à seleção e a sua torcida, e que está confiante em poder superar a seleção laranja.
"É uma equipe que tem as coisas muito claras. Talvez não brilhe como outras seleções holandesas anteriores, mas tem coisas muito claras. Vai ser um bom jogo, com duas seleções tradicionais. Uma vai ficar de fora, esperamos que nós nos classifiquemos", disse o treinador argentino.
A principal dúvida na preparação para o jogo de Scaloni voltou a ser no ataque. Mais especificamente na participação de Di María, ausente nas oitavas de final devido a um problema no quadríceps, mas que poderá voltar ao time titular para acompanhar Messi e Julián Álvarez.
Messi em busca de recordes
Messi, com três gols neste Mundial, quebrou a sua maldição particular de nunca ter marcado em um mata-mata de Copa. Ele balançou a rede contra a Austrália, nas oitavas de final, e agora espera continuar marcando gols, no momento em que se aproxima de novos recordes.
Ele acumula nove gols em Copas do Mundo. Com mais um, alcançará o maior artilheiro argentino no torneio, Gabriel Batistuta (10). Ele também chegará à sua 24ª partida no torneio, o que lhe permitirá empatar em segundo lugar com o alemão Miroslav Klose e ficar na cola do recordista, o também alemão Lothar Matthäus (25).
Apesar da importância que Messi tem na Argentina, os holandeses insistem que estão cientes do perigo que toda a "Scaloneta" representa coletivamente.
"Não nos preparamos especificamente para ele, mas para vencer a Argentina, sabendo do papel que ele desempenhou em seus sucessos por anos", disse o capitão e zagueiro holandês Virgil Van Dijk na quarta-feira, referindo-se a Messi.
Quem ganhar o duelo enfrentará nas semifinais o vencedor de Brasil x Croácia.