Arrascaeta deu novo ritmo ao meio-campo do Uruguai, que veio tarde demais na Copa do Mundo
Nas duas primeiras partidas, atuou pouco. Na estreia, contra a Coreia (0 a 0), não entrou em campo. No segundo jogo, contra Portugal (derrota por 2 a 0), atuou por meia hora, não conseguindo ajudar o time como gostaria.
Quando teve tempo para jogar, em partida que era decisiva para os uruguaios, o craque não demorou a corresponder, mostrando que, se tivesse atuado por mais tempo, poderia ter feito a diferença. Boa parte dos seus passes aconteceram de forma vertical, sempre bom buscando o gol adversário.
Além de armar com qualidade, Arrascaeta mostrou ser um bom finalizador. Nos dois chutes que deu a gol no primeiro tempo, foram duas bolas nas redes adversárias, uma eficiência que seus companheiros de time não tiveram em toda a competição.
Depois de não marcar nos dois primeiros jogos, o Uruguai foi encontrar seus primeiros e únicos dois gols na Copa somente na última partida, ambos com Arrascaeta. A boa atuação do flamenguista de pouco adiantou quando, no final da partida entre Coreia do Sul e Portugal, os asiáticos viraram a partida para eliminar a "celeste olímpica".
Foi somente contra Gana que o Uruguai encontrou seu melhor futebol, tendo fluidez na organização de jogadas e conseguindo encontrar seus atacantes com mais frequência. Arrascaeta correu por todo o campo, com maior presença do lado esquerdo do meio-campo. Nas duas primeiras partidas, o time parecia abatido e sentindo falta de um articulador que pudesse fazer o elo entre o meio e atacantes de qualidade como Suárez, Nuñez e Cavani.
A presença de Arrasca veio tarde demais e serviu como castigo para o técnico Diego Alonso, que deve ter aprendido uma dura lição sobre o merecimento do meia no seu time titular.