Chepngetich correu sob um coro de aplausos na reta final, conquistando seu terceiro título em Chicago e superando o recorde anterior de 2h11min53s da etíope Tigst Assefa, estabelecido no ano passado em Berlim.
Sutume Kebede, da Etiópia, cruzou a linha de chegada sete minutos e 36 segundos depois, enquanto a queniana Irine Cheptai (2h17min51s) foi a terceira colocada.
“Esse é o meu sonho que se tornou realidade”, disse Chepngetich, cujo tempo foi originalmente registrado como 2h09min57s, mas depois foi ajustado.
Chepngetich imprimiu um ritmo alucinante desde o início, correndo os primeiros cinco quilômetros em 15 minutos e, na metade do percurso, já havia criado uma vantagem de 14 segundos entre ela e Kebede.
Os comentaristas de televisão ficaram surpresos com seu desempenho, comparando sua tentativa de estabelecer um tempo abaixo de 2h10min com a chegada do homem à Lua, e ela só parecia ganhar impulso enquanto corria os dois quilômetros finais.
Chepngetich, a campeã mundial de 2019, se curvou em total exaustão depois de quebrar a fita e dedicou seu desempenho ao compatriota Kelvin Kiptum, que quebrou o recorde mundial masculino há um ano em Chicago e morreu em um acidente de carro quatro meses depois.
“O recorde mundial estava em minha mente”, disse ela. “Chicago, como eu disse à imprensa, é como se fosse minha casa.”