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Austrália apoia outras nações sobre a proibição de atletas da Rússia e da Bielorrússia

Austrália reiterou seus esforços pelo fim da guerra na Ucrânia
Austrália reiterou seus esforços pelo fim da guerra na UcrâniaHugo Heimendinger/Pexels/Divulgação
O governo australiano disse nesta terça-feira (21) que estava alinhado com 34 outras nações no pedido para que o Comitê Olímpico Internacional (COI) banisse atletas russos e bielorrussos de suas competições, apesar de não ter sido apontado como signatário da declaração.

O governo britânico divulgou a declaração conjunta nessa última segunda-feira (20) em nome de "mais de 30 nações participantes", que realizaram uma cúpula com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, neste mês.

A Austrália foi signatária de duas declarações sobre o assunto que foram acordadas por "35 nações" no ano passado, mas foi o único desses países não representado no novo compromisso de segunda-feira (20).

Um porta-voz do Ministério dos Esportes australiano disse à Reuters que a ausência da Austrália foi um erro administrativo e que o governo estava de acordo com os sentimentos expressos no comunicado.

A declaração seguiu a recente proposta do COI de desenvolver um caminho para atletas da Rússia e de sua aliada Bielorrússia competirem nas Olimpíadas de Paris do ano que vem como atletas neutros, apesar da guerra em curso na Ucrânia.

"Temos fortes preocupações sobre a viabilidade de atletas olímpicos russos e bielorrussos competirem como 'neutros'... quando são financiados e apoiados diretamente por seus estados", disse o comunicado.

"Os fortes vínculos e afiliações entre atletas russos e militares russos também são motivo de preocupação."

"Enquanto essas questões fundamentais e a substancial falta de clareza e detalhes concretos sobre um modelo viável de 'neutralidade' não forem abordadas, não concordamos que os atletas russos e bielorrussos devam ser autorizados a voltar às competições."

O Comitê Olímpico Internacional disse que levaria em consideração as questões levantadas por esses países em sua declaração, mas repetiu sua posição de que as questões de direitos humanos para os atletas russos e bielorrussos precisam ser abordadas.

"O Comitê Olímpico Internacional toma nota da declaração de representantes ministeriais e sêniors de 'um grupo coletivo de nações'", afirmou em um comunicado nesta terça-feira (21).

"O COI aprecia as questões construtivas em relação à definição da neutralidade de atletas com passaporte russo ou bielorrusso, ao mesmo tempo em que observa que as preocupações explícitas com os direitos humanos expressas por dois relatores especiais do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas não foram abordadas no declaração."

Interferência inaceitável

O ministro dos Esportes da Rússia, Oleg Matytsin, disse em 11 de fevereiro que os apelos de outros países para banir atletas russos e bielorrussos das Olimpíadas eram uma interferência "inaceitável" nas atividades de órgãos esportivos independentes.

Atletas russos de atletismo puderam competir nas duas últimas Olimpíadas como Atletas Neutros Autorizados depois que a Federação Russa de Atletismo foi banida pelo Atletismo Mundial por doping sistemático em 2015.

Outras federações esportivas internacionais permitiram que atletas russos e bielorrussos competissem de forma semelhante desde a invasão da Ucrânia no ano passado.

A Ucrânia ameaçou boicotar os Jogos de Paris se atletas russos e bielorrussos competirem.

O COI teme um retorno aos tempos da Guerra Fria, quando uma série de boicotes aos Jogos Olímpicos ameaçava a existência do movimento.

As duas declarações das 35 nações no ano passado pediram a proibição de todos os atletas russos e bielorrussos de competições internacionais.

A segunda também estabelecia as condições que tais atletas deveriam cumprir se as federações esportivas permitissem que eles competissem, incluindo a proibição de bandeiras e hinos, bem como quaisquer declarações públicas de apoio à guerra.

"Também observamos que a Rússia e a Bielorrússia têm em suas próprias mãos a tarefa de preparar o caminho para o retorno total de seus atletas à comunidade esportiva internacional, ou seja, encerrando a guerra que começaram", concluiu o comunicado de segunda-feira (20).