Barcelona é acusado de ter pago 1,4 milhão para empresa de ex-árbitro espanhol
A informação foi divulgada no programa "Qué t'hi jugues", da rádio SER Catalunya.
Estas cobranças teriam acontecido sem comprovantes devido a trabalho de assessoria aos árbitros que iriam dirigir os jogos do Barça. A ideia era que o ex-árbitro explicasse aos atletas regras de comportamento com a arbitragem. A investigação acontece por possíveis irregularidades na tributação dos exercícios econômicos envolvendo as transações.
Diante das suspeitas de possível tráfico de influência por atuar como vice-presidente do CTA e, ao mesmo tempo, trabalhar para entidade que poderia ser afetada por decisões dos árbitros daquele órgão, o investigado garantiu que não houve tratamento favorável.
Justificativa
O Barcelona, sem tempo a perder, emitiu comunicado para tentar limpar sua imagem e alertar quem quiser sujá-la. "Diante da informação veiculada, o clube está consciente dos fatos que a Procuradoria está investigando sobre pagamentos feitos a empresas externas. Deixamos claro que, contratamos, no passado, os serviços de um consultor técnico externo, que forneceu, em formato de vídeo, relatórios técnicos referentes a jogadores de categoria inferior na Espanha para a secretaria técnica do clube.
"O relacionamento foi ampliado com relatórios técnicos relacionados à arbitragem profissional de forma a complementar as informações exigidas pela comissão técnica do time principal, prática comum em clubes de futebol profissional. Atualmente, esse tipo de serviço terceirizado cabe a um profissional lotado na Área de Futebol", explica o clube.
O presidente do clube, Joan Laporta, veio a público afirmar que "não é por acaso que surgem informações deste tipo quando o Barcelona está bem, não é por acaso ", disse aos meios de comunicação oficiais do clube.
A RFEF (Federação Espanhola de Futebol) e o CTA (Comitê Técnico de Arbitragem) também se pronunciaram sobre o assunto, afirmando que "o Sr. Enriquez Negreira não faz parte de nenhuma estrutura federativa desde a mudança de governo realizada após as eleições de 2018. A Comissão Técnica de Árbitros lamenta qualquer comportamento que possa prejudicar a ética da profissão.
"Os árbitros membros dos órgãos da CTA não devem realizar trabalhos que possam ser susceptíveis de conflito de interesses . A CTA coloca-se à disposição do poder judiciário para prestar a máxima colaboração em qualquer tipo de informação que esta Comissão venha a prestar", lê-se na nota .