"Queremos inundar o Brasil com a NBA", diz Head da NBA Brasil
O Flashscore conversou com o Head da NBA no Brasil, Rodrigo Vicentini, durante o Sports Summit. O evento no Pacaembu, em São Paulo, reuniu líderes e dirigentes da indústria esportiva ao redor do mundo.
Segundo Vicentini, a estratégia da liga para o país é "inundar o mercado brasileiro com conteúdo da NBA". Em pesquisa divulgada pelo Ibope Repucom em 2021, cerca de 45 milhões de brasileiros se consideram fãs da liga norte-americana de basquete.
Com escritório no Rio de Janeiro, nos últimos anos a liga tem investido em espaços temáticos no Brasil. Para as Finais, em São Paulo, há a NBA House, montada em um shopping da capital paulista. O espaço conta com diversas ativações e a transmissão ao vivo dos jogos que decidem o campeão da temporada 2022/23. Em Gramado-RS, a NBA foi ainda mais audaciosa e investiu em um local fixo. O NBA Park é o maior espaço temático da liga em todo o mundo, com mais de 4 mil m² de área construída.
Rodrigo Vicentini também falou sobre a possibilidade de jogos da NBA no Brasil em um futuro próximo. Confira a entrevista na íntegra:
A NBA retomou os jogos internacionais nesta temporada regular, após a pandemia. Fez uma partida no México e uma na França. No Brasil, não há um jogo desde 2015. Existe alguma previsão de voltarmos a ter?
Já tivemos três edições do que eles chamam de jogos de pré-temporada, que aconteceram no Rio de Janeiro. Foram incríveis. A gente sempre revisita essa questão de jogos em novas plataformas. Atualmente a gente tem investido bem na nossa plataforma local, que se chama NBA House, mas nunca descartamos a possibilidade de termos um jogo em um futuro próximo.
Nos últimos 20 anos, tivemos uma grande presença de jogadores brasileiros na NBA, mas ela diminuiu nas últimas temporadas. Isso preocupa a NBA Brasil?
Nós já chegamos a ter nove jogadores na NBA. Hoje, temos dois, fora ex-jogadores ou lendas que continuam trabalhando conosco na liga fora de quadra. Eles fizeram um trabalho incrível para a construção da nossa base de fãs e o crescimento da marca aqui no Brasil. Mas é questão de tempo para termos mais jogadores brasileiros na NBA. Recentemente, acabamos de draftar uma jogadora brasileira na WNBA, ou seja, tem muita gente boa vindo para dentro das quadras.
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Sobre os eventos da NBA aqui no Brasil: temos a NBA House, em São Paulo, e o NBA Park, em Gramado. Até onde a NBA quer chegar no país?
A gente vê o mercado brasileiro com ótimos olhos, é um mercado super promissor. Trouxemos a NBA House de novo aqui para o Brasil e vamos receber mais de 45 mil pessoas. Também inauguramos o NBA Park, que é um espaço temático fixo na cidade de Gramado-RS. Tem muito mais coisas vindo por aí, mais experiências, mais produtos. Nós temos mais de 3 mil produtos que os brasileiros podem consumir da NBA. Vamos continuar investindo nesse mercado que é extremamente importante para nós.
Em relação à estratégia de mídia da liga, a NBA tem uma abordagem singular na sua distribuição de direitos de transmissão. Diversos canais transmitem os jogos. Como surgiu essa estratégia? Vocês têm a ambição de ampliar o espaço destinado à NBA?
A gente quis, ao longo dos anos, inundar o mercado brasileiro com conteúdo da NBA. Seja os jogos ao vivo, seja o conteúdo que produzimos em português. Com isso, nós passamos a escutar muito o fã para entender como ele queria consumir a NBA, em que tipo de aparelho ele gostaria de assistir aos nossos jogos. Para dar esse poder ao fã, para ele poder escolher o quê, como, onde e quando vai consumir nossos conteúdos. No dia a dia, temos inúmeras plataformas na nossa estratégia de multidistribuição para garantir que o fã brasileiro consiga assistir à NBA em qualquer lugar do Brasil .
Qual a relação da NBA com a NFL, que também tem crescido muito no Brasil? As ligas se enxergam como parceiras ou rivais no mercado brasileiro?
A gente vive um momento muito bom aqui no Brasil. Quando lemos dados de pesquisas, temos mais de 46 milhões de brasileiros declarados fãs de NBA. E estamos em um território cuja “religião” é o futebol, ou seja, temos uma marca extremamente consolidada aqui no Brasil. Há um espaço ainda muito grande para continuar crescendo.