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"Queremos inundar o Brasil com a NBA", diz Head da NBA Brasil

Mateus Figueiredo
Rodrigo Vicentini, Head da NBA Brasil, fala no Sports Summit
Rodrigo Vicentini, Head da NBA Brasil, fala no Sports SummitFlashscore
Miami Heat e Denver Nuggets fizeram na última sexta-feira (9) o jogo 4 das Finais da NBA em Miami, no Kaseya Center. Mas o fã brasileiro nunca se sentiu tão próximo dos jogos decisivos do melhor basquete do mundo como nesta temporada. Com dois espaços temáticos e os duelos espalhados em diversos canais, a NBA entrou de vez no nosso cotidiano.

O Flashscore conversou com o Head da NBA no Brasil, Rodrigo Vicentini, durante o Sports Summit. O evento no Pacaembu, em São Paulo, reuniu líderes e dirigentes da indústria esportiva ao redor do mundo.

Segundo Vicentini, a estratégia da liga para o país é "inundar o mercado brasileiro com conteúdo da NBA". Em pesquisa divulgada pelo Ibope Repucom em 2021, cerca de 45 milhões de brasileiros se consideram fãs da liga norte-americana de basquete.

A NBA House está localizada em um shopping de São Paulo
A NBA House está localizada em um shopping de São PauloDivulgação/NBA Brasil

Com escritório no Rio de Janeiro, nos últimos anos a liga tem investido em espaços temáticos no Brasil. Para as Finais, em São Paulo, há a NBA House, montada em um shopping da capital paulista. O espaço conta com diversas ativações e a transmissão ao vivo dos jogos que decidem o campeão da temporada 2022/23. Em Gramado-RS, a NBA foi ainda mais audaciosa e investiu em um local fixo. O NBA Park é o maior espaço temático da liga em todo o mundo, com mais de 4 mil m² de área construída.

Rodrigo Vicentini também falou sobre a possibilidade de jogos da NBA no Brasil em um futuro próximo. Confira a entrevista na íntegra:

A NBA retomou os jogos internacionais nesta temporada regular, após a pandemia. Fez uma partida no México e uma na França. No Brasil, não há um jogo desde 2015. Existe alguma previsão de voltarmos a ter?

Já tivemos três edições do que eles chamam de jogos de pré-temporada, que aconteceram no Rio de Janeiro. Foram incríveis. A gente sempre revisita essa questão de jogos em novas plataformas. Atualmente a gente tem investido bem na nossa plataforma local, que se chama NBA House, mas nunca descartamos a possibilidade de termos um jogo em um futuro próximo.

Bulls e Pistons disputaram partida em Paris em janeiro de 2023
Bulls e Pistons disputaram partida em Paris em janeiro de 2023Profimedia

Nos últimos 20 anos, tivemos uma grande presença de jogadores brasileiros na NBA, mas ela diminuiu nas últimas temporadas. Isso preocupa a NBA Brasil?

Nós já chegamos a ter nove jogadores na NBA. Hoje, temos dois, fora ex-jogadores ou lendas que continuam trabalhando conosco na liga fora de quadra. Eles fizeram um trabalho incrível para a construção da nossa base de fãs e o crescimento da marca aqui no Brasil. Mas é questão de tempo para termos mais jogadores brasileiros na NBA. Recentemente, acabamos de draftar uma jogadora brasileira na WNBA, ou seja, tem muita gente boa vindo para dentro das quadras.

Acompanhe Miami Heat x Denver Nuggets no Flashscore

Sobre os eventos da NBA aqui no Brasil: temos a NBA House, em São Paulo, e o NBA Park, em Gramado. Até onde a NBA quer chegar no país?

A gente vê o mercado brasileiro com ótimos olhos, é um mercado super promissor. Trouxemos a NBA House de novo aqui para o Brasil e vamos receber mais de 45 mil pessoas. Também inauguramos o NBA Park, que é um espaço temático fixo na cidade de Gramado-RS. Tem muito mais coisas vindo por aí, mais experiências, mais produtos. Nós temos mais de 3 mil produtos que os brasileiros podem consumir da NBA. Vamos continuar investindo nesse mercado que é extremamente importante para nós.

Quadra padrão NBA no NBA Park, em Gramado-RS
Quadra padrão NBA no NBA Park, em Gramado-RSDivulgação/NBA Park

Em relação à estratégia de mídia da liga, a NBA tem uma abordagem singular na sua distribuição de direitos de transmissão. Diversos canais transmitem os jogos. Como surgiu essa estratégia? Vocês têm a ambição de ampliar o espaço destinado à NBA?

A gente quis, ao longo dos anos, inundar o mercado brasileiro com conteúdo da NBA. Seja os jogos ao vivo, seja o conteúdo que produzimos em português. Com isso, nós passamos a escutar muito o fã para entender como ele queria consumir a NBA, em que tipo de aparelho ele gostaria de assistir aos nossos jogos. Para dar esse poder ao fã, para ele poder escolher o quê, como, onde e quando vai consumir nossos conteúdos. No dia a dia, temos inúmeras plataformas na nossa estratégia de multidistribuição para garantir que o fã brasileiro consiga assistir à NBA em qualquer lugar do Brasil .

Miami Heat e Denver Nuggets fazem as finais da NBA nesta temporada
Miami Heat e Denver Nuggets fazem as finais da NBA nesta temporadaAFP

Qual a relação da NBA com a NFL, que também tem crescido muito no Brasil? As ligas se enxergam como parceiras ou rivais no mercado brasileiro?

A gente vive um momento muito bom aqui no Brasil. Quando lemos dados de pesquisas, temos mais de 46 milhões de brasileiros declarados fãs de NBA. E estamos em um território cuja “religião” é o futebol, ou seja, temos uma marca extremamente consolidada aqui no Brasil. Há um espaço ainda muito grande para continuar crescendo.