Quem é a nova superestrela do basquete que pode transformar a WNBA
Vice-campeã da NCAA deste ano, Clark, armadora de 22 anos do Iowa Hawkeyes, se tornou um fenônemo.
Cotada para os Jogos Olímpicos e provável número 1 do Indiana Fever no draft da WNBA no dia 15 de abril, ela vem batendo recorde atrás de recorde.
No início desta temporada, ela ultrapassou Pete Maravich em número de pontos na carreira universitária (entre homens e mulheres).
A final entre Iowa e South Carolina teve média de audiência de 18 milhões de telespectadores, mais que as finais da NBA e da World Series de 2023.
Em 2020, durante seu primeiro ano em Iowa, já estava claro que Clark era uma armadora e pontuadora especial.
Na temporada em que foi escolhida Rookie do Ano, ela marcou o maior número de pontos e de arremessos de três do torneio, além de ter conseguido o maior número de assistências do ano em todo o basquete americano.
Em sua segunda temporada, ela se tornou a primeira jogadora da NCAA a liderar a Divisão 1 em pontos por jogo (27) e assistências por jogo (8).
Em 2023, Clark brilhou de forma impressionante. Ela se tornou o primeiro ser humano a atingir 900 pontos e 300 assistências em uma temporada da NCAA, além de ter conquistado uma média de 41 pontos, 10 rebotes e 12 assistências por jogo.
Ela também deixou sua marca como a primeira jogadora a registrar um triplo-duplo de 40 pontos na história do torneio.
Clark foi eleita a jogadora do ano em 2024, o que a tornou a primeira pessoa a ganhar o prêmio consecutivamente desde Breanna Stewart em 2016 pela UConn.
O único que falta para a armadora conquistar na jovem carreira é um título. Iowa ficou com o vice-campeonato novamente, neste que foi o último ano de Caitlin Clark na NCAA.
Um tsunami na WNBA
Cathy Engelbert, comissária da WNBA, disse na segunda-feira (8) que Clark e a próxima geração de jogadoras de basquete feminino serão os "motores econômicos" que garantirão a sobrevivência financeira da liga nos próximos 30 anos.
Engelbert disse à emissora CNBC que a WNBA espera ver seus atuais acordos de mídia dobrarem de valor – de cerca de US$ 50 milhões por ano para US$ 100 milhões –, quando forem negociados em 2025.
Caitlin e as novas estrelas da NCAA levarão para a WNBA de 2024, além do público do basquete universitário, um grande número de novos seguidores nas mídias sociais.
Os 258 mil seguidores de Clark no Twitter (ou X), são mais de 100 mil a mais do que Breanna Stewart, a atual MVP da WNBA.
Mary Jo Kane, professora da Universidade de Minnesota e diretora fundadora do Centro Tucker de Pesquisa sobre Meninas e Mulheres no Esporte, entende que Clark é um "tsunami de impacto e influência sem precedentes".
"Ninguém conseguiu capturar a mágica ou o sucesso como Caitlin Clark fez", disse Kane à National Public Radio dos Estados Unidos recentemente.
O efeito Caitlin Clark já está começando a tomar conta da WNBA.
Ainda a uma semana do draft, o Indiana Fever já esgotou os ingressos para os jogos em casa contra Connecticut e Los Angeles poucas horas depois de colocá-los à venda.
E não é apenas o Indiana que espera lucrar com o fenômeno Clark.
O Las Vegas Aces já anunciou planos de transferir seu jogo em casa contra o Indiana, no dia 2 de julho, de sua Michelob Ultra Arena, com 12 mil lugares, para a T-Mobile Arena, com capacidade para 20 mil pessoas.
A nova temporada da WNBA começa no dia 14 de maio.