Bia Souza se emociona com ouro no judô: "É uma vida por um dia"
"Eu só fiz o que a gente vinha treinando todos os dias. E quando falo que é uma vida por um dia, é verdade. A gente abdica de tanta coisa para chegar até aqui. E quando a gente conquista e isso traz a medalha, de campeã olímpica, faz tudo valer a pena. Abrir mão de tudo que eu abri valeu muito a pena", vibrou Bia em entrevista à Globo.
Confira o quadro de medalhas dos Jogos Olímpicos de Paris
No lugar mais alto do pódio, a brasileira chorou ao ouvir o hino nacional. Como optou por não levar os familiares a Paris, Bia Souza conversou por vídeo com os pais após a conquista. Ela dedicou a medalha de ouro à avó que faleceu um mês antes das Olimpíadas.
"Deu certo (não levar a família). E pelo visto não vai vir mesmo nas próximas (risos). Deu certo, mãe. Pai, eu consegui. Foi pela vó. É para a vó, mãe. Eu amo vocês mais que tudo", emocionou-se a brasileira.
Após a cerimônia do pódio, Bia comentou sua trajetória até o ouro. Na semi, ela superou a número 1 do mundo, a francesa Romane Dicko; na final, a israelense Raz Hershko, 2ª do ranking. A brasileira, porém, não soube definir a luta mais difícil.
"Todas. Na minha cabeça, a luta mais difícil não é nem contra os adversárias, e sim lutando contra mim mesma. O tempo todo a gente tem que se manter positivo, focar nas estratégias", afirmou Bia Souza.
"São muitas pessoas falando, então eu já vim com uma estratégia montada de casa. Já foi tudo alinhado tanto no clube quanto com a Sarinha (Sarah Menezes, treinadora). Era focar nisso e manter, e o tempo todo se manter confiante diante de cada adversária grandiosa. E se sair grandiosa em cima de todas elas é mágico."
A brasileira aproveitou para brincar com o fato de ter ganhado o ouro no mesmo dia em que Teddy Riner, judoca da casa, conquistou o tricampeonato olímpico entre os pesos pesados.
"É para poucos. Estou feliz por ele, parabéns, mas é meu dia. Não estou nem aí para ele, eu sou campeã olímpica", disse Bia aos risos.