Para ficar com o Prêmio Sócrates, o projeto de Vini superou a fundação Alex Morgan, da estrela do futebol feminino norte-americano, além da fundação Antonio Rüdiger, do seu companheiro de Real Madrid. Outros projetos de jogadores estavam na disputa, como o "Child Food Poverty", de Marcus Rashford, do Manchester United. 

Desde quando o jogador assinou o primeiro contrato profissional, a família começou a ajudar algumas pessoas e instituições em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio de Janeiro, onde Vinicus Junior nasceu e foi criado. 

Pé no chão e bola pra frente

O objetivo do atleta e de seus entes queridos sempre foi construir um trabalho sólido, consistente, de longo prazo. Hoje, o Instituto está baseado na educação, na tecnologia como ferramenta e no esporte como linguagem. 

A entidade trabalha em associação com escolas públicas e também capacita professores. Ao receber o prêmio, Vinicius apontou sua felicidade em poder contribuir para a transformação de criança e jovens em sua comunidade. 

"Eu estou muito feliz de receber esse prêmio, de poder ajudar tantas crianças no Brasil e no meu bairro. É muito improvável chegar até aqui saindo da favela. Eu fico muito feliz de poder ajudá-los", disse Vini ao receber a premiação. 

Pedindo apoio

Durante sua fala, o astro do Real e da Seleção também falou sobre a luta antirracista e pediu o apoio dos demais craques do mundo da bola em sua missão. 

“É chato e triste sempre ter que falar sobre racismo, mas estou preparado para isso. É importante sempre poder falar quando for necessário. Eu gosto de falar sobre futebol.

"Vou lutar pelas crianças, e que todos os jogadores possam nos ajudar. Eu peço força para vocês para seguirmos na luta. E que as crianças do futuro venham a sofrer menos”, declarou Vini.