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Brasil despacha a Itália e se garante na final do Mundial de vôlei

Bloqueio brasileiro teve rendimento gradativo na partida
Bloqueio brasileiro teve rendimento gradativo na partidaFIVB
Somente uma situação incomum impediria que o duelo entre Brasil e Itália, válido pela semifinal do Mundial de vôlei feminino, não tivesse grande equilíbrio e boa dose de emoção. Repetindo o cenário do que foi visto na segunda fase, quando o Brasil venceu em um tie-break definido pela diferença mínima, o duelo desta quinta-feira voltou a ser decidido nos detalhes. E, para alegria verde-amarela, novamente com triunfo sul-americano, por 3 a 1 (25-23, 22-25, 26-24 e 25-19).

Na grande decisão, sábado, às 15h (horário de Brasília), o Brasil vai encarar a Sérvia, que tem a oposta Boskovic como sua maior referência. A Itália vai precisar se contentar em disputar a medalha de bronze contra os Estados Unidos. 

Confira os resultados do Campeonato Mundial de vôlei feminino

A regularidade pedida pelo técnico José Roberto Guimarães foi colocada em prática. O Brasil pouco oscilou e teve atuação consistente, tanto na defesa como no ataque. Não poderia ser diferente para fazer frente a uma potência como a Itália, considerada pelo treinador brasileiro como o time mais forte do campeonato. 

As europeias pagaram caro por uma atuação com altos e baixos em momento de decisão, quando falhas além da conta não costumam ser perdoadas. O bloqueio brasileiro teve atuação gradativa para minar os ataques e testar a paciência do outro lado da quadra. 

A central Carol voltou a justificar o apelido de "paredão", terminando o confronto com 10 anotações no fundamento. A maior pontuadora do jogo foi Egonu, com 30 pontos. Pelo lado brasileiro, Gabi fez 20 pontos. 

O Brasil contou com um fator que teve importante influência: a oposta Egonu, considerada, ao lado de Boskovic, a melhor atacante do mundo, não esteve em uma noite inspirada. Errou mais do que o costume, fazendo a torcida brasileira respirar aliviada em bolas que, normalmente, cairiam na quadra adversária.

As mudanças promovidas por Zé Roberto não fizeram o time cair de rendimento. Pelo contrário, foram precisas. Pri Daroit, com incômodo muscular, foi substituída por Rosamaria, que voltou a corresponder também no fundo de quadra. 

Na saída de rede, Lorenne teve na sua frieza uma importante arma para superar os momentos de pressão, em decisão acertada do treinador brasileiro. No fundo de quadra, Nyeme não decepcionou, apresentando uma maturidade de veterana, deixando claro que o Brasil está bem servido na posição ao lado de Natinha. 

A diferença nas parciais foi sempre pequena e ajustada, com os dois times se alternando na frente do marcador. A tática do Brasil passava por forçar o saque em cima da ponta Sylla, estratégia que deu certo em boa parte do confronto. O passe brasileiro funcionou bem para começar as jogadas de forma eficiente. As viradas de bola estiveram em dia, sem permitir pontos em excesso dados de graça para as italianas. 

Depois de três sets mais equilibrados, a Itália "desandou" na última parcial, mostrando-se uma equipe perdida e sem poder de reação. A vantagem de 16 a 7 aberta pelo Brasil resumiu como o quarto se se encaminhou. A margem de quase 10 pontos foi demais para uma virada italiana, que se tornou improvável diante do mérito do time de amarelo.