A Croácia garantiu vaga na semifinal da próxima terça-feira (13), às 16h. A seleção de Luka Modric e cia aguarda o vencedor de Holanda x Argentina.
Foi uma partida dificílima para o Brasil, diante de uma Croácia que jogou até melhor no primeiro tempo. A Seleção assumiu o controle a partir da etapa final, mas esbarrou no goleiro Dominic Livakovic, que fez ao menos quatro boas defesas. No tempo normal, este foi o sétimo empate da seleção croata em seus últimos nove jogos de Copa, que chegou ao terceiro 0 a 0 nesta edição.
O paredão da Croácia só desabou no último minuto do primeiro tempo da prorrogação, quando Neymar tabelou com Lucas Paquetá, driblou o goleiro e aliviou a agonia brasileira. Perto do fim, porém, os croatas encaixaram um contra-ataque e empataram, com Bruno Petkovic. No drama das penalidades, a defesa de Livakovic na cobrança de Rodrygo e o chute de Marquinhos na trave foram decisivos.
A derrota nas quartas de final estende o incômodo jejum do Brasil contra europeus no mata-mata da Copa do Mundo, que perdura desde o título sobre a Alemanha em 2002. As seleções do Velho Continente foram responsáveis por todas as cinco eliminações brasileiras entre 2006 e 2022.
Primeiro tempo duro
O Brasil teve seu primeiro tempo mais difícil no Catar, sem conseguir encaixar a pressão pós-perda. A Seleção enfrentou pela primeira vez um adversário que a encarava de igual para igual, sem se fechar na defesa. Luka Modric ditava o ritmo do jogo e levava a melhor sobre Casemiro na batalha do meio-campo.
Apesar da boa partida da Croácia, Alisson não precisou trabalhar na etapa inicial. A seleção europeia chegava bem ao ataque, mas pecava na conclusão das jogadas. Neymar e Vinícius Júnior eram os mais lúcidos do Brasil, que criava suas melhores oportunidades quando os craques recebiam a bola. Do outro lado, o zagueiro Josko Gvardiol fazia mais uma grande atuação nesta Copa.
Seleção melhora, mas gol não sai
Mesmo sem substituições no intervalo, a Seleção Brasileira voltou bem melhor para o segundo tempo. A equipe assumiu o controle da partida e cedeu poucos espaços na defesa, mas o gol teimava em não sair. O goleiro Livakovic impediu um gol contra de Gvardiol e defendeu chutes de Neymar e Lucas Paquetá cara a cara.
Tite trocou os pontas em suas duas primeiras alterações, com Antony e Rodrygo nos lugares de Raphinha e Vini Jr. — o camisa 20 não aparentou lesão ou cansaço. A dupla entrou bastante participativa, mas sofreu para superar a barreira defensiva croata.
O Brasil ainda criou boas jogadas na reta final, mas falhou na pontaria. E o cenário de quase todos os jogos da Croácia no mata-mata se repetiu: empate e prorrogação.
Croácia empata no fim
O cenário da etapa final se manteve na prorrogação. Mais inteira no aspecto físico, a Seleção recuperava rapidamente a bola após perdê-la, ainda no campo de ataque. De tanto insistir, Neymar recebeu seu prêmio aos 16 minutos. O camisa 10 tabelou com Paquetá, driblou o goleiro e tocou para o gol vazio para abrir o placar.
Quando tudo parecia resolvido, o Brasil deu um vacilo fatal. Já aos 12 minutos do segundo tempo da prorrogação, a Seleção deu espaço para o contra-ataque, Mislav Orsic arrancou em velocidade pela esquerda e cruzou para Bruno Petkovic. O atacante ainda contou com desvio em Marquinhos para marcar, na primeira finalização da Croácia no alvo em toda a partida.
Sonho adiado
O sonho do hexa foi adiado na disputa de pênaltis. Rodrygo bateu mal e Livakovic defendeu a primeira cobrança brasileira. Após a Croácia converter todas as quatro penalidades que bateu, Marquinhos chutou na trave e deu a vitória aos croatas.