A Sérvia conquista o seu segundo título mundial consecutivo, após vencer no Japão em 2018. O Brasil fica com o quarto vice, junto com as pratas de 1994, 2006 e 2010. Esta é a primeira vez desde o Mundial de 1998 em que a decisão do campeonato termina em 3 sets a 0. Naquela oportunidade, Cuba bateu a China na final.
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A principal preocupação do técnico brasileiro José Roberto Guimarães para a final seria a marcação sobre a oposta sérvia Tijana Boskovic. Ele chegou a dizer que o bloqueio deveria buscar, antes dos pontos, tocar nas bolas para facilitar a defesa.
Toda a preparação brasileira para limitar a oposta sérvia não surtiu muito efeito. Boskovic foi disparada a maior pontuadora da partida, com 24 pontos, realizando todos eles em jogadas de ataque. A oposta teve um aproveitamento de quase 30% dos ataques na final. Já a maior pontuadora brasileira foi Gabi, com apenas nove pontos.
Apesar dos muitos pontos cedidos por erros sérvios, o Brasil pecou, principalmente, em dois fundamentos: a recepção e o bloqueio. Em noite pouquíssimo inspirada da líbero brasileira Nyeme e da ponteira-passadora Rosamaria, a recepção brasileira não encaixou e deu poucos passes nas mãos das levantadoras Macris e Roberta.
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O bloqueio foi outro ponto de desequilíbrio da partida a favor da Sérvia. A rede brasileira conseguiu encontrar poucas vezes as atacantes sérvias e não auxiliou a defesa de forma consistente. Em compensação, a Sérvia fez nove pontos (contra quatro), além de limitar muito as brasileiras tocando na maioria das bolas.
A dinâmica da partida mostrou um primeiro set muito equilibrado, decidido nos detalhes, por 26 a 24. Mas os dois sets seguintes foram mais tranquilos para a Sérvia, sobretudo o terceiro, quando apenas administraram o placar com larga vantagem e fecharam a terceira parcial por 25 a 17.