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Isaquias e os 2kg que podem fazer a diferença para ele se tornar recordista olímpico

Daniel Ottoni
Isaquias tem quatro medalhas olímpicas no currículo
Isaquias tem quatro medalhas olímpicas no currículoAFP
O canoísta Isaquias Queiroz está perto de se tornar o maior medalhista olímpico da história do esporte brasileiro. Com quatro medalhas, ele pode se igualar a nomes emblemáticos como dos velejadores Torben Grael e Robert Scheidt, atuais recordistas, com cinco pódios. Isaquias não foi, à toa, escolhido para ser o porta-bandeira da delegação brasileira na cerimônia de abertura, na próxima sexta-feira (26), a partir das 14h30 (horário de Brasília).

Nos Jogos Olímpicos de Paris, Isaquias precisou rever uma situação que estava ao seu alcance. A técnica, já bastante apurada, não tinha mais para onde ir. 

Para ser mais rápido e vencer a concorrência, o segredo foi perder peso. "Nosso objetivo é diminuir dois quilos em comparação a Tóquio, só que manter a qualidade da força.

"É difícil você evoluir em cima da técnica, chega a um ponto que não tem mais como evoluir. A única opção é tentar ser mais rápido. Para isso, tem que ficar um pouco mais leve", explicou o baiano, em entrevista ao podcast do Olympics.com, em junho.

"Ao invés de estar muito forte, a gente vai estar mais magro, mas com a mesma força corporal. Porque não adianta perder massa corporal e também perder força", completa. 

Três de uma vez

Isaquias entrou para a história do esporte brasileiro ao se tornar o atleta do país a faturar mais medalhas em uma única edição dos Jogos: foram três na Rio 2016, quando estreou na competição. Em Tóquio 2020, um sonhado ouro veio para completar sua coleção, que ainda pode ficar ainda mais incrementada. 

"O que mais me deixa motivado é o sonho de me tornar o maior atleta Olímpico do Brasil", conta. Isaquias Queiroz competirá no C1 1000m, no qual é o atual campeão olímpico, e no C2 500m, ao lado de Jacky Godmann, aparecendo na competição por duplas a chance dele se isolar como maior medalhista olímpico do Brasil, com seis pódios. 

Combustível nas águas do Sena

De dentro de um barco, a navegar pelo Rio Sena, em um ambiente em que ele está bastante acostumado, Isaquias vai carregar a bandeira do Brasil com um orgulho especial, que pode ser o combustível extra para ele ser o maior medalhista da história do país. 

“Fico muito feliz de poder representar minha Bahia, meu Nordeste, o Brasil inteiro. Vai ser uma cerimônia incrível. Principalmente por poder representar minha modalidade, ainda tímida no Brasil. Botar nossas garrinhas para fora. Com certeza, depois de Paris, o pessoal vai ter mais conhecimento sobre essa grande modalidade", projeta. 

Isaquias terá, em Paris, a companhia dos filhos, uma outra motivação que pode fazer toda a diferença no seu desempenho.