Publicidade
Publicidade
Publicidade
Mais
Publicidade
Publicidade
Publicidade

CBF qualifica manipulação de resultados no futebol como "epidemia global"

Josias Pereira
CBF apoia operação do Ministério Público de Goiás
CBF apoia operação do Ministério Público de Goiás CBF/Divulgação
A CBF se manifestou nesta terça-feira (18) sobre o avanço da Operação Penalidade Máxima, do Ministério Público de Goiás, que investiga a suspeita de manipulação de resultados em jogos das Séries A e B do Campeonato Brasileiro e também de outros quatros Estaduais. A entidade que rege o futebol nacional condenou a prática, classificando-a como uma "epidemia global".

Em nota, a CBF destacou seu total apoio às investigações, fundamentais para trazer "transparência e lisura" aos campeonatos que a entidade organiza e a todo o esporte brasileiro. 

No mesmo comunicado, a Confederação Brasileira de Futebol apontou que "interferências externas em resultados ou em situações de jogo são uma epidemia global que, para ser solucionada, precisa punir de forma exemplar e urgente, os responsáveis por essa prática nefasta". 

A CBF possui parcerias com órgãos de integridade que monitoram as partidas dos torneios organizados pela entidade. Estas empresas acompanham em tempo real as movimentações do mercado e são capazes de detectar qualquer tipo de alteração que gere suspeita de manipulação de resultados. 

"A CBF investe uma quantia importante e vultosa no rastreamento e monitoramento de partidas, através da Sport Radar, empresa que atua também para a Fifa e a Conmebol e é mundialmente conhecida por sua expertise neste tipo de trabalho", pontuou a CBF, destacando que também custeia o serviço para todas as federações do Brasil. 

Operação conduzida pelo Ministério Público de Goiás avança

A Operação Penalidade Máxima avançou nesta terça-feira (18) e ganhou novos desdobramentos. Encabeçada pelo Ministério Público de Goiás, a investigação identificou suspeita de manipulação de resultados em cinco jogos da Série A do ano passado. As partidas onde as irregularidades teriam acontecido ainda não foram divulgadas pelos agentes públicos.

Nesta terça-feira (18), o Ministério Público de Goiás em conjunto com as forças de segurança de outros estados, cumpriu três mandados de prisão preventiva e mais 20 de busca e apreensão. Um dos nomes investigados é o zagueiro Victor Ramos, da Chapecoense, que atuou em parte do Paulistão com a camisa da Portuguesa. O staff do atleta nega qualquer envolvimento em esquema de apostas. 

Outros quatro atletas também são alvos da operação: o lateral-esquerdo Igor Cariús, do Sport, o meia Gabriel Tota, ex-Juventude e atualmente no Ypiranga-RS, o zagueiro Kevin Lomónaco, do Bragantino, e um outro jogador que atua no Rio Grande do Sul. Seu nome, no entanto, não foi revelado. O MP, no entanto, não confirmou nenhum nome até o momento. 

Expedidos pela Justiça de Goiás, os mandados da operação desta terça-feira foram cumpridos nas seguintes cidades: Goianira (GO), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Recife (PE), Pelotas (RS), Santa Maria (RS), Erechim (RS), Chapecó (SC), Tubarão (SC), Bragança Paulista (SP), Guarulhos (SP), Santo André (SP), Santana do Parnaíba (SP), Santos (SP), Taubaté (SP) e Presidente Venceslau (SP).

Além dos jogos da Série A e da Série B do ano passado, o Ministério Público de Goiás apura ainda indícios de manipulação de resultados em jogos dos Campeonato Estaduais de Goiás, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e São Paulo. Todos os episódios em apuração ocorreram na temporada passada.