Um total de 11 federações enviou, nesta semana, uma carga para Walter Pitombo Laranjeiras e Radamés Lattari, presidente e vice da CBV, respectitvamente. A ideia era exigir mudanças e fazer reclamações, como a de que Adriana passa boa parte de seu tempo nos Estados Unidos, onde tem casa.
Para os dirigentes estaduais, a distância influenciava no andamento dos negócios da CBV, não sendo compatível com o salário recebido por Adriana. O pedido de urgência acabou sendo atendido.
Por meio de carta, Adriana justificou ao dizer que o modelo de trabalho híbrido fora acordado ainda antes de sua contratação. Ela se defendeu ao indicar benefícios conquistados durante sua gestão, como a previsão de superávit de R$ 6,5 milhões no fechamento de 2022. Outros feitos de Adriana foram a implementação de uma política interna para promover a equidade de gênero e a valorização da diversidade.
Em seu site, a CBV agradece os serviços prestados por Adriana, que foi gerente-geral de planejamento esportivo do Comitê Olímpico do Brasil (COB) entre 2011 e 2018.
"A CBV agradece todo o seu empenho e reconhece os méritos do trabalho realizado, porém neste momento a opção é seguir por outra linha de gestão interna", informa a entidade.
Em defesa
Poucas horas após a demissão de Adriana, a capitã da seleção brasileira feminina de vôlei, Gabi, saiu em defesa da agora ex-CEO. Gabi elogiou o trabalho de Adriana, ressaltando a transparência e diálogo da dirigente com os atletas. "Percorrer o caminho que precisa ser percorrido se torna uma tarefa árdua ou até impossível. Espero que as sementes plantadas sigam dando frutos. Sem dúvida é uma grande perda para o voleibol brasileiro. Muito obrigada por tudo”, escreveu Gabi.