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Cissé deixa cargo de técnico do Senegal após 9 anos

Reuters
O ex-atacante levou sua seleção às oitavas da Copa do Catar
O ex-atacante levou sua seleção às oitavas da Copa do CatarReuters/Marko Djurica
Aliou Cissé não teve seu contrato renovado como técnico do Senegal, confirmou a federação do país africano na quarta-feira (2). O ex-atacante deixa o comando da seleção após nove anos.

Lenda do futebol senegalês, Cissé estava sob crescente pressão após a eliminação nas oitavas de final da Copa Africana de Nações (CAN) de 2023, quando perdeu nos pênaltis para a anfitriã Costa do Marfim.

Senegal está invicto há seis jogos desde então, mas os empates em casa com a República Democrática do Congo e Burkina Faso, e as críticas sobre seu estilo de jogo, fizeram com que o ministério dos esportes do país – entidade que financia o salário do técnico da seleção – optasse por uma mudança.

Federação do Senegal anuncia saída de Aliou Cissé
Federação do Senegal anuncia saída de Aliou CisséFSF

A Federação Senegalesa de Futebol (FSF) explicou em nota que a saída de Cissé decorre do fracasso em cumprir as metas de seu último contrato, incluindo o título da CAN 2023 e a chegada às quartas de final da Copa do Mundo de 2022.

A FSF acrescentou que a "regressão da nossa seleção nacional no ranking da FIFA e o risco de descontentamento entre a nossa seleção nacional e o (público) senegalês" também tiveram um papel importante na decisão.

Um técnico interino, ainda não escolhido, comandará o time nas eliminatórias da próxima CAN contra o Malaui, em casa, no dia 11 de outubro.

Título inédito

Cissé, hoje com 48 anos, foi capitão do Senegal quando o país chegou às quartas de final da Copa do Mundo de 2002.

Ele teve um breve período como técnico interino da equipe nacional em 2012, mas foi efetivado apenas três anos depois.

Em sua passagem como treinador, ele levou o Senegal às Copas do Mundo de 2018 e 2022, chegando às oitavas de final no Catar.

Na final da CAN 2019, o time de Cissé foi derrotado pela Argélia, mas conquistou o título do continente pela primeira vez dois anos depois ao bater o heptacampeão Egito na decisão.