Conselheira da Anistia é "barrada" em jogo por protesto contra Catar

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Mais
Publicidade
Publicidade
Publicidade

Conselheira da Anistia é "barrada" em jogo por protesto contra Catar

Conselheira da Anistia é "barrada" em jogo por protesto contra Catar
Conselheira da Anistia é "barrada" em jogo por protesto contra CatarReuters
Uma conselheira da Anistia Internacional foi impedida de levar um cachecol chamando a atenção para o tratamento dado pelo Catar aos trabalhadores migrantes, no jogo da Dinamarca contra a França, no último domingo (25), pela Liga das Nações. O fato aconteceu apesar do uniforme dinamarquês ter sido projetado para destacar a mesma causa.

Annette Stubkjaer Rimmer, conselheira política da Anistia na Dinamarca, estava do lado de fora do Parken Stadium, em Copenhague, para o jogo da Liga das Nações, vendendo cachecois amarelos com a mensagem "#ForMigrantWorkers".

“Éramos cerca de 10, 15 pessoas que estavam do lado de fora do estádio conversando com fãs de futebol sobre a FIFA e o Catar e suas responsabilidades de compensar os trabalhadores migrantes que sofreram nos preparativos para a Copa do Mundo”, disse Stubkjaer à Reuters, em uma entrevista por Zoom.

Quando ela foi assistir o jogo, vencido pela Dinamarca por 2 a 0, Annette foi informada de que o cachecol não seria permitido.

"Os seguranças nos pararam... e então eles decidiram, depois de conversarem juntos, que era muito político eles nos deixarem entrar com o cachecol, então tivemos que deixar o cachecol fora do estádio", disse ela.

Na quarta-feira (28), a empresa de roupas esportivas Hummel disse no Instagram que o uniforme que a Dinamarca usará na Copa do Mundo, que também usou contra a França, foi concebido como um protesto contra o histórico de direitos humanos do Catar.

A Hummel disse que diminuiu os detalhes das camisas da Dinamarca para a Copa do Mundo e também lançou um kit preto.

Os organizadores da Copa do Mundo do Catar, o Comitê Supremo para Entrega e Legado (SC), contestaram a afirmação de Hummel de que "o torneio custou a vida de milhares de pessoas".

"Além disso, rejeitamos de todo o coração a banalização (de) nosso compromisso genuíno de proteger a saúde e a segurança dos 30 mil trabalhadores que construíram estádios da Copa do Mundo da FIFA e outros projetos de torneios", acrescentou.

Jakob Hoyer, chefe de comunicações da Federação Dinamarquesa de Futebol (DBU), que trabalhou em conjunto com a Anistia em questões sobre direitos humanos e a Copa do Mundo e foi o organizador da partida de domingo, disse à TV2 Sport, da Dinamarca, que Stubkjaer deveria ter sido autorizada a entrar no estádio com seu cachecol.

"Em si, a mensagem '#ForMigrantWorkers' não é política, e deveria ser possível levar um cachecol para uma partida nacional em Parken", disse ele.

A Dinamarca enfrentará Tunísia, França e Austrália no Grupo D quando a Copa do Mundo começar em novembro.