Copa da Liga Inglesa: Manchester United e Newcastle tentam acabar com seca de troféus

Como um membro não tão iluminado da aristocracia do futebol inglês nos últimos anos, o United espera que a final em Wembley possa servir como um renascimento há muito esperado.

No entanto, revelando-se em seu papel de novo rico pronto para desestruturar os poderes estabelecidos da Premier League, o Newcastle acredita que a final pode servir como prova concreta de que agora é uma força a ser reconhecida.

O United não ganha um troféu importante desde a Liga Europa de 2017, uma taça conquistada apenas algumas semanas depois de vencer o Southampton em sua mais recente participação na final da Copa da Liga.

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Como se a maior seca de troféus em 40 anos não fosse ruim o suficiente, o United também sofreu vendo o rival Manchester City ultrapassá-lo como a principal força do futebol inglês.

O United, que conquistou o título pela última vez em 2013, terminou a última edição da Premier League em um péssimo sexto lugar. Mas depois de uma década no deserto, eles foram revividos por Ten Hag desde sua chegada do Ajax no ano passado.

Crucialmente, a forma como Ten Hag lidou com Cristiano Ronaldo mostrou que ele não se deixaria intimidar pelo poder do jogador, pondo fim à segunda passagem da estrela de Portugal pelo United.

"Ele chegou primeiro e nos treinos que tivemos, ele exige 'você faz ou está fora'. Você não joga", disse o meio-campista Bruno Fernandes (28) do United.

“Todo mundo estava um pouco como 'Se um grande jogador não fizer o que ele quer, ele vai colocá-lo de lado ou não?' E ele fez isso muitas vezes, fez com Cristiano, com Jadon (Sancho), com Marcus (Rashford)."

Não há sinal mais tangível do impacto de Ten Hag do que a forma empolgante do atacante do United Marcus Rashford (25), que está lutando para atuar na final em Wembley depois de sofrer uma lesão na vitória de quinta-feira sobre o Barcelona, pela Liga Europa. 

Ten Hag tentou moderar as expectativas em sua primeira temporada, mas sabe que a vitória neste fim de semana seria um momento significativo para um clube saindo da crise.

"É uma grande oportunidade de conseguir o troféu. Os torcedores estão realmente esperando por isso. Estamos fazemos tudo o que pudermos para dar a eles esta conquista", disse Ten Hag.

Reescrevendo a história

Alimentado pela gestão de Eddie Howe e a força financeira de seus proprietários apoiados pela Arábia Saudita, é improvável que o Newcastle seja uma tarefa fácil para o United neste domingo (26).

Considerado por certo tempo como motivo de chacota na Premier League, o Newcastle está emergindo como uma força genuína pela primeira vez desde que a equipe comandada por Kevin Keegan chegou perto de ganhar o título na década de 1990.

É um crescimento surpreendentemente rápido para um time que estava atolado na zona de rebaixamento quando Howe foi contratado logo após a venda da equipe por 305 milhões de libras junto ao impopular ex-proprietário Mike Ashley no final de 2021.

O Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita detém uma participação de 80% no clube, mas Howe é a face pública do renascimento do Newcastle.

Apesar de uma queda recente, o Newcastle está em quinto lugar na Premier League, apenas duas posições atrás do United.

Para este fim de semana, eles estão focados em conquistar o primeiro grande troféu do clube desde a Taça das Cidades com Feiras de 1969.

O último grande troféu nacional do Newcastle veio em 1955, quando conquistou a FA Cup.

Para uma cidade tão obcecada por futebol, passar décadas sem uma conquista foi uma punição cruel para o sofrido Exército Toon, que assistirá à primeira final nacional do Newcastle desde a derrota para o United na Copa da Inglaterra de 1999.

O Newcastle está definido para iniciar o confronto com niguém menos que Loris Karius (29) no gol. A suspensão de Nick Pope (30) deu a Karius uma chance de redenção em sua primeira partida competitiva em quase dois anos.

Karius é mais conhecido por suas falhas na derrota do Liverpool na final da Liga dos Campeões de 2018 contra o Real Madrid.

"Seria uma oportunidade magnífica para ele reescrever a história de sua carreira", disse Howe.

"Essa é a beleza do futebol. Nunca sabemos o que vai acontecer. Essa imprevisibilidade é o que o torna uma coisa tão incrível de se assistir."