Será a primeira vez que teremos uma partida de Copa do Mundo arbitrada por uma mulher.
A brasileira Neuza Back também estará no Mundial como árbitra assistente, junto com as bandeirinhas Karen Diaz Medina (México) e Kathryn Nesbitt (EUA).
"Há vários anos, elas vêm oferecendo desempenhos de alto nível", explicou Pierluigi Collina, presidente da Comissão de Árbitros da Copa do Mundo, em relação às mulheres escolhidas.
Além de ser um desenvolvimento positivo para as mulheres no esporte, a presença delas na Copa também representa uma espécie de posicionamento da FIFA ao Catar, país onde os direitos civis, particularmente os direitos das mulheres, são uma questão polêmica.
Frappart disse que, embora não seja uma “porta-voz feminista”, trata-se de "um forte sinal da FIFA ter árbitras no Catar”.
"Desde 2019 e o primeiro jogo que oficiei na Super Copa da Europa, a presença de árbitras no cenário masculino tem crescido. Não se trata de uma questão de gênero, mas de competência", completou ela.
Frappart foi primeira juíza mulher na segunda divisão francesa em 2014, depois na Ligue 1 masculina em 2019, na Super Copa da Europa em agosto de 2019, na Liga dos Campeões em dezembro de 2020, e depois na final da Copa da França em maio passado.
“A Copa do Mundo é o auge da minha carreira", disse ela.
Dois anos mais jovem que a francesa, Yamashita também teve uma carreira semelhante no Japão, tornando-se a primeira mulher a arbitrar uma partida da Liga dos Campeões da Ásia em 2019.
Juíza profissional desde o verão passado, Yamashita tem formação como professora de ginástica. "Eu nunca imaginei chegar aqui", disse a japonesa após o convite para apitar no Catar.
Primeira mulher a arbitrar um jogo da Copa Africana das Nações masculino em janeiro passado, Mukansanga também estará na Copa.
Mukansanga sonhava em se tornar uma jogadora profissional de basquete antes de se tornar árbitra, mas com apenas 20 anos de idade ela já apitava partidas da liga nacional feminina em Ruanda.