11 Hacks: Messi, Mbappé e os espaços quem podem definir a Copa do Mundo
E por falar em espaço, em teoria só podemos focar em um lado do campo onde as coisas mais importantes devem acontecer. Isso porque Messi gosta de usar exatamente os mesmos espaços que Mbappé. É bem possível que inicialmente tenhamos um jogo de muito estudo.
A França deve alinhar um bloco baixo com a formação 4-3-3 e terá cuidado para que Mbappé e Theo Hernández não deixem muito espaço para Messi e suas corridas atrás da defesa. A Argentina não vai querer ir com tudo, sabendo que pode se ver em situação desagradável depois de perder a bola. O poder ofensivo da França pode ser demais para os hermanos.
Enquanto Antoine Griezmann consegue defender e também atuar na criação, Mbappé não teve, em todo o torneio, essa missão defensiva. Ele registra apenas 1,8 ações defensivas por partida, o que é claramente o menor número entre os meio-campistas que jogaram pelo menos 270 minutos no torneio.
Por exemplo, Hakim Ziyech, que enfrentou Mbappé nas semifinais, tem oito dessas interceptações. Dificilmente você verá o velocista francês em seu próprio campo. Em média, ele toca na bola no seu campo de defesa apenas 0,7 vezes por partida.
Uma figura-chave para a França, neste sentido, é Adrien Rabiot. O volante não foi muito falado durante o torneio, mas definitivamente merece atenção.
Na métrica de dados avançados, que avalia o quão perigosas as áreas do campo o jogador impede corridas, dribles e passes do adversário, ele é, com margem clara, o melhor volante do torneio. Atrás dele estão nomes como Casemiro, Amrabat, Neves, Brozovič ou Partey.
A frequência com que os adversários atacam do lado de "Mbappé" ficou bem visível no duelo das semifinais. O Marrocos registrou 53% de suas ações ofensivas neste espaço, a maior proporção de qualquer partida disputada até então no campeonato. Rabiot não apareceu em campo devido ao "vírus do camelo" e sua ausência da final seria uma perda significativa para a França.
Cão de guarda
Lionel Messi também tem seu guarda-costas. E a parte fascinante é que ele é um dos jogadores mais criativos das cinco principais ligas de futebol. Rodrigo de Paul foi mágico com a bola nos pés tanto na passagem pela Serie A como recentemente no Atlético Madrid, mas é um dos melhores volantes do campeonato.
A disposição dos jogadores argentinos de se sacrificar pelo time é uma das principais razões pelas quais a seleção de Lionel Scaloni funciona tão bem não apenas no ataque, mas até agora quase perfeitamente na defesa.
O treinador argentino está acostumado a mudar sua formação durante o torneio, ao contrário de Didier Deschamps, do outro lado, dependendo do adversário que enfrenta. E trabalhar com Mbappé com Hernandez pode ser o ímpeto para mais mudanças.
É igualmente difícil prever quem acabará por se tornar o campeão mundial. De acordo com os modelos de previsão, ambas as equipes têm chances quase idênticas de vencer. E ambos têm um jogador no centro que pode mudar sozinho o rumo da partida.