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Daiane dos Santos vai receber troféu Adhemar Ferreira da Silva em premiação do COB

Daiane se destacou, de forma mais representativa, pela primeira vez, nos Jogos Sul-Americanos de Cuenca, em 1998
Daiane se destacou, de forma mais representativa, pela primeira vez, nos Jogos Sul-Americanos de Cuenca, em 1998Daniel Ramalho/COB
Um dos maiores nomes da ginástica brasileira em todos os tempos receberá importante homenagem durante o Prêmio Brasil Olímpico de 2022. A ex-atleta Daiana dos Santos será agraciada com o troféu Adhemar Ferreira da Silva, destinado a quem representa valores que marcaram a carreira e a vida do bicampeão olímpico no salto triplo como ética, eficiência técnica e física, esportividade, respeito ao próximo, companheirismo e espírito coletivo.

A entrega vai acontecer durante o Prêmio Brasil Olímpico (PBO), na próxima quinta-feira (2), na Cidade das Artes, no Rio de Janeiro. 

“É com grande honra que recebo o Troféu Adhemar Ferreira da Silva, uma das maiores honrarias do esporte olímpico brasileiro. Me sinto muito grata por ter sido escolhida pelo COB para receber essa homenagem para pessoas que não fazem parte mais diretamente do dia a dia do esporte de alto rendimento. É um prêmio que vai além dos feitos esportivos e, por isso, poder hoje ser considerada uma referência, é um grande presente. Não consigo nem descrever a sensação, é uma gratidão imensa a todos que me ajudaram durante toda a caminhada”, comemora. 

O público poderá participar da escolha dos seus atletas favoritos no ano. A votação para Atleta da Torcida e o Prêmio Inspire está aberta no site https://pbo.cob.org.br. Cada pessoa pode votar uma vez por dia e a votação fica aberta até momentos antes do final da cerimônia.

Daiane se destacou no solo, prova que sempre foi sua especialidade. Sob o comando do treinador ucraniano Oleg Ostapenko, ela realizou, pela primeira vez, dois movimentos que foram eternizados pela Federação Internacional de Ginástica (FIG) e hoje levam o seu nome: o duplo twist carpado (Dos Santos I) e o duplo twist esticado (Dos Santos II).

“Acho muito bacana ter dois exercícios com o nome da minha família. É uma homenagem a tudo que eles fizeram por mim como atleta. E não é só à família ‘Dos Santos’, mas para todos os brasileiros, já que são vários ‘Dos Santos’ espalhados pelos quatro cantos do país. É uma honra e está marcado não só para mim, mas também para todos os treinadores que me ajudaram a conseguir fazer os movimentos. É um presente”, comentou Daiane. 

Trajetória

Daiane se destacou, de forma mais representativa, pela primeira vez, nos Jogos Sul-Americanos de Cuenca, em 1998. Com 15 anos, ela conquistou três medalhas, que marcaram seu início de conquistas importantes em competições internacionais. 

No Mundial de 2003, ela derrotou a favorita romena Catalina Ponor, que levaria o ouro em Atenas 2004, no solo. Daiane participou de cinco edições de Mundiais, somando nove medalhas de ouro em etapas da Copa do Mundo.

Em Jogos Pan-americanos, foram três participações (Winnipeg 1999, Santo Domingo 2003 e Rio 2007), conquistando cinco medalhas (duas de prata e três de bronze). Daiane também disputou três Jogos Olímpicos.

Em Atenas 2004, terminou na 5ª colocação no solo. Em Pequim 2008, disputou a final por equipes, a primeira coletiva da história do Brasil na modalidade. No solo, ficou na 8ª colocação. Em Londres 2012, ficou na 12ª colocação com a equipe feminina.

“Quando olho para trás e vejo que fiz parte dessa construção da ginástica artística, e também do esporte brasileiro, durante praticamente 18 anos de carreira, é um orgulho imenso. É uma satisfação estar entre tantos nomes grandiosos que colaboraram com essa história estrelada do nosso esporte olímpico”, disse Daiane. Atualmente ela atua como comentarista, palestrante, influencer esportiva digital, além de ser embaixadora da ONU Mulheres e responsável pelo Projeto Brasileirinhos.

Protagonista de filme

Toda a trajetória de Daiane, marcada pela superação de adversidades e de conquistas, como ser a primeira mulher negra do mundo a chegar ao lugar mais alto do pódio no solo da ginástica artística, será contada em um filme longa metragem ficcional, ainda sem data definida para lançamento. 

“Tive a honra e a satisfação de ter sido inspirada por outras grandes mulheres como Luísa Parente e Soraya Carvalho dentro do meu esporte diretamente. Contei com o apoio de muitas pessoas, da minha família e dos meus treinadores, principalmente do Kiko (Burtet), da Adri (Adriana Alves) e do Oleg (Ostapenko) que trabalharam mais diretamente comigo.

"Acho que o mínimo que posso fazer para retribuir tudo que eu recebi do esporte - oportunidades de mudança de vida e de vivenciar esse mundo incrível que é o esporte olímpico – é desejar que mais meninos e meninas possam ter essa oportunidade. É muito bom poder viver e entender que a gente tem esse papel na vida de outras pessoas”, completa.