Dani Alves comparece ao tribunal pela primeira vez desde que foi libertado da prisão
Alves chegou ao Palácio da Justiça de Barcelona, acompanhado de sua advogada Ines Guardiola, para responder aos juízes da seção 21 do Tribunal Provincial, onde permaneceu por cerca de 10 minutos.
Nem o ex-jogador nem sua advogada quiseram fazer declarações à imprensa, que estava no lado oposto do tribunal, na presença de seguranças.
Durante sua audiência, uma pessoa se aproximou do tribunal e gritou "estuprador" para ele, acusando-o de ter sido libertado da prisão após pagamento de fiança.
Por sua vez, a promotoria do tribunal provincial entrou com um recurso contra a libertação do ex-jogador.
Dani Alves, condenado em fevereiro a quatro anos e meio de prisão por estupro, foi libertado na segunda-feira da prisão espanhola onde estava preso há mais de um ano, depois de pagar uma fiança de 1 milhão de euros.
O ex-jogador, que levou cinco dias para levantar a quantia solicitada pelo tribunal, deixou a prisão Brians 2 em San Esteban Sasroviras, 40 quilômetros a noroeste de Barcelona, acompanhado de sua advogada.
Um juiz se opôs à sua libertação
Seguindo a decisão do painel do tribunal de Barcelona, em que um dos juízes se opôs à sua libertação, Alves poderia deixar a prisão se pagasse a fiança de um milhão de euros.
Ele foi obrigado a não deixar o país e a entregar seus dois passaportes, espanhol e brasileiro, e a comparecer perante o tribunal dentro dos prazos estabelecidos, estando proibido de se aproximar ou se comunicar com a vítima.
Alves estava em prisão preventiva desde 20 de janeiro de 2023 após ser acusado de agredir sexualmente uma jovem de 23 anos na boate Sutton, em Barcelona, na noite de 30 para 31 de dezembro de 2022.
A advogada da vítima, Ester Garcia, já anunciou que recorrerá da decisão de soltura, criticando a "justiça para os ricos".
Dani Alves, de 40 anos, é um dos jogadores de futebol mais bem-sucedidos da história. Ele ganhou 23 troféus com o Barcelona, onde jogou entre 2008 e 2016.
Em sua carreira, o brasileiro também jogou no Sevilla, Juventus, Paris Saint-Germain e São Paulo. No momento de sua prisão, estava sob contrato com o time mexicano Pumas UNAM, que o demitiu imediatamente após o surgimento das alegações contra ele.