Danilo evita comparações com Daniel Alves e garante estar pronto para a Copa
Aos 31 anos, Danilo chega para a sua segunda Copa do Mundo com grandes expectativas. Em 2018, na Rússia, ele viu o sonho se esvair pelas mãos com uma lesão no tornozelo que lhe custou a sequência no Mundial. Naquela mesma Copa, Danilo teve um problema na região do quadril durante um treino da seleção na véspera da partida contra a Costa Rica.
Passado o histórico triste há quatro anos, Danilo está motivado e pronto para fazer história. Foi um dos jogadores mais utilizados por Tite no atual ciclo para o Catar, além de ser uma presença constante no time titular da Juventus.
"Eu costumo me arriscar às vezes escrevendo textos. E há uns dias escrevi de um arco-iris no topo da montanha, e o personagem foi atrás, passando por tempestade, floresta. Depois de vencer as adversidades, ele chegou no topo e o arco-íris não estava mais lá. Mas a vista era mais bonita do que todo mundo que ficou lá embaixo. Dentro da seleção brasileira, acho que minha primeira convocação foi em 2011. Então já são 11 anos. Fiquei fora em alguns momentos, algumas lesões me tiraram de duas Copa América. No começo, depois de 11 anos, esperava ter mais presenças, mais jogos, mais títulos, entretanto o último ciclo me presentou com um momento muito interessante, com responsabilidade aqui dentro, muitos minutos, jogos legais. Estou preparado emocionalmente, fisicamente, mentalmente", garante Danilo.
Confira a tabela da Copa do Mundo do Catar
Comparação com Daniel Alves?
O lateral-direito também comentou sobre uma disputa que pode movimentar a seleção durante a Copa. Daniel Alves é o outro nome para o setor, um jogador tarimbado, mas que atualmente se encontra no futebol mexicano e tem sua condição no time canarinho contestada por parte da torcida brasileira. Tite ainda vem fazendo observações sobre a possibilidade até mesmo de contar com Éder Militão como um lateral.
Danilo elogiou o papel de liderança de Daniel Alves dentro da seleção, destacando a vontade e a intensidade do veterano companheiro, além de evitar qualquer tipo de comparação entre o seu futebol e o de Daniel Alves.
"Em campo, todo mundo sabe o que ele pode representar. Ele mostrou na carreira um poder de dar a volta por cima incrível. Ele pode dar muito para uma equipe, inclusive características que não tenho condições de dar. Mostrou uma qualidade de passe, descobrir espaços, que poucos jogadores, até de outras posições, têm. Em termos de liderança, o Daniel é um exemplo, seguramente. Ele buscou melhorar, se adaptar ao momento para estar na melhor forma possível e realizar o sonho de jogar mais uma Copa. É uma inspiração fora de campo, está sempre motivado, sempre alegre. Nos treinos não relaxa, sempre dá 110%. O Daniel é um exemplo de liderança, motivação, que me espelho", destacou o jogador da Juventus.
"A comparação não existe aqui dentro, não. A comparação não é feita em nenhum momento, aliás, por nós jogadores. Cada um sabe o que precisa fazer para ter seu espaço. O Daniel tem aquilo que ele pode dar, o que ele já fez. O que é critério para mim, é só meu. Por isso é um grupo saudável e com espírito vencedor. Quem chega, com muito ou pouco tempo, a gente abraça da melhor maneira. É um trabalho do Tite, temos de nos dar ao máximo. A comparação não existe", salientou o lateral-direito, de 31 anos.
A seleção brasileira permanecerá em Turim até o dia 19, sábado. No mesmo dia, a delegação deixará a Itália rumo ao Catar. Os jogadores darão sequência à preparação já em Doha,