De Isaquias a Japinha: os 5 destaques masculinos do Brasil nas Olimpíadas de Paris
Já em clima de saudade, o Flashscore separou os cinco maiores destaques entre os homens do Brasil nos Jogos Olímpicos de Paris. Como o número é pequeno, dois medalhistas ficaram fora: Alison dos Santos, dos 400m com barreiras, e Edival Pontes, do taekwondo.
Relembre as principais notícias de Paris 2024
Outros atletas merecem menção honrosa por chegarem longe em modalidades de pouca expressão no Brasil. São os casos de Hugo Calderano, no tênis de mesa, e Gustavo Bala Loka, no ciclismo BMX freestyle. Mas vamos aos cinco que subiram em nosso pódio especial.
Isaquias Queiroz (canoagem velocidade)
Em uma Olimpíada de poucos pódios masculinos, Isaquias Queiroz faturou a prata e se tornou o maior medalhista da história entre os homens brasileiros, com cinco — ao lado de Torben Grael e Robert Scheidt. E o fenômeno da canoagem velocidade só não está no topo geral porque Rebeca Andrade ultrapassou todos.
Isaquias chegou à final do C1 1000m com expectativas reduzidas, após desempenho frustrante nas fases classificatórias e no C2 500m, com Jacky Godmann. Nos últimos 250m da prova, conseguiu uma arrancada espetacular, saiu de 5º para 2º e mostrou por que é uma lenda do esporte brasileiro.
Caio Bonfim (marcha atlética)
Em Londres, terminou carregado em uma cadeira de rodas. No Rio, 4º lugar. Em Tóquio, 13º. Em Paris, a redenção: medalha de prata e primeiro pódio do Brasil na história da marcha atlética. Ao cruzar a linha de chegada, Caio Bonfim protagonizou uma das grandes histórias de superação das Olimpíadas.
O brilho de Caio não se limitou à medalha. O marchador emocionou o país com declarações marcantes após a medalha, relembrando o preconceito com a modalidade e os obstáculos até alcançar o pódio.
Willian Lima (judô)
Logo no segundo dia oficial em Paris, o Brasil teve uma de suas grandes surpresas. Estreante em Olimpíadas, o judoca Willian Lima chegou à final da categoria até 66 kg e ficou com a medalha de prata. Foi o primeiro de 20 pódios do país na capital francesa.
Além da prata no individual, o paulista de 24 anos conquistou o bronze na disputa por equipes. Quem sabe o ouro venha em Los Angeles.
Gabriel Medina (surfe)
O Brasil inteiro acreditava no ouro de Gabriel Medina no surfe. O mar de Teahupoʻo, no Taiti, tinha outros planos. Ainda assim, o tricampeão mundial superou a frustração da semifinal e conquistou sua primeira medalha olímpica, de bronze, após ficar no quase em Tóquio.
Mais do que o pódio, Medina ficou eternizado por uma foto que já está entre as mais icônicas da história das Olimpíadas. A lente de Jérôme Brouillet, da AFP, captou o momento em que o brasileiro celebrava um tubo quase perfeito na disputa contra o japonês Kanoa Igarashi, seu algoz em 2021.
Augusto Akio (skate)
Augusto Akio roubou a cena já na classificatória, ao mostrar talento nos malabares entre uma volta e outra no skate park. Japinha levou a irreverência para a pista, brilhou em sua última tentativa na final e garantiu a medalha de bronze para o Brasil.
O paranaense de 23 anos ficou uma posição à frente do compatriota Pedro Barros, lenda da modalidade, que conquistou a prata em Tóquio. A final do skate park ainda teve outro brasileiro, Luigi Cini, que terminou em 7º.