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De Isaquias a Japinha: os 5 destaques masculinos do Brasil nas Olimpíadas de Paris

Guilherme Bianchini
Isaquias Queiroz chegou a cinco medalhas olímpicas com a prata em Paris
Isaquias Queiroz chegou a cinco medalhas olímpicas com a prata em ParisAlexandre Loureiro/COB
Os homens brasileiros saíram das Olimpíadas de Paris sem medalha de ouro, algo que não ocorria desde Sydney 2000. Apesar do desempenho frustrante, um grupo seleto de atletas brilhou na capital francesa, com sete medalhas em provas masculinas.

Já em clima de saudade, o Flashscore separou os cinco maiores destaques entre os homens do Brasil nos Jogos Olímpicos de Paris. Como o número é pequeno, dois medalhistas ficaram fora: Alison dos Santos, dos 400m com barreiras, e Edival Pontes, do taekwondo.

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Outros atletas merecem menção honrosa por chegarem longe em modalidades de pouca expressão no Brasil. São os casos de Hugo Calderano, no tênis de mesa, e Gustavo Bala Loka, no ciclismo BMX freestyle. Mas vamos aos cinco que subiram em nosso pódio especial.

Isaquias Queiroz (canoagem velocidade)

Em uma Olimpíada de poucos pódios masculinos, Isaquias Queiroz faturou a prata e se tornou o maior medalhista da história entre os homens brasileiros, com cinco — ao lado de Torben Grael e Robert Scheidt. E o fenômeno da canoagem velocidade só não está no topo geral porque Rebeca Andrade ultrapassou todos.

Isaquias Queiroz estendeu seu legado olímpico em Paris
Isaquias Queiroz estendeu seu legado olímpico em ParisAlexandre Loureiro/COB

Isaquias chegou à final do C1 1000m com expectativas reduzidas, após desempenho frustrante nas fases classificatórias e no C2 500m, com Jacky Godmann. Nos últimos 250m da prova, conseguiu uma arrancada espetacular, saiu de 5º para 2º e mostrou por que é uma lenda do esporte brasileiro.

Caio Bonfim (marcha atlética)

Em Londres, terminou carregado em uma cadeira de rodas. No Rio, 4º lugar. Em Tóquio, 13º. Em Paris, a redenção: medalha de prata e primeiro pódio do Brasil na história da marcha atlética. Ao cruzar a linha de chegada, Caio Bonfim protagonizou uma das grandes histórias de superação das Olimpíadas.

Caio Bonfim conquistou a prata em sua quarta participação nas Olimpíadas
Caio Bonfim conquistou a prata em sua quarta participação nas OlimpíadasWagner Carmo/CBAt

O brilho de Caio não se limitou à medalha. O marchador emocionou o país com declarações marcantes após a medalha, relembrando o preconceito com a modalidade e os obstáculos até alcançar o pódio. 

Willian Lima (judô)

Logo no segundo dia oficial em Paris, o Brasil teve uma de suas grandes surpresas. Estreante em Olimpíadas, o judoca Willian Lima chegou à final da categoria até 66 kg e ficou com a medalha de prata. Foi o primeiro de 20 pódios do país na capital francesa.

Além da prata no individual, o paulista de 24 anos conquistou o bronze na disputa por equipes. Quem sabe o ouro venha em Los Angeles.

Willian Lima ficou com a prata na categoria até 66 kg do judô
Willian Lima ficou com a prata na categoria até 66 kg do judôWander Roberto/COB

Gabriel Medina (surfe)

O Brasil inteiro acreditava no ouro de Gabriel Medina no surfe. O mar de Teahupoʻo, no Taiti, tinha outros planos. Ainda assim, o tricampeão mundial superou a frustração da semifinal e conquistou sua primeira medalha olímpica, de bronze, após ficar no quase em Tóquio.

Mais do que o pódio, Medina ficou eternizado por uma foto que já está entre as mais icônicas da história das Olimpíadas. A lente de Jérôme Brouillet, da AFP, captou o momento em que o brasileiro celebrava um tubo quase perfeito na disputa contra o japonês Kanoa Igarashi, seu algoz em 2021.

Celebração de Medina rendeu foto icônica em Teahupo'o, no Taiti
Celebração de Medina rendeu foto icônica em Teahupo'o, no TaitiAFP

Augusto Akio (skate)

Augusto Akio roubou a cena já na classificatória, ao mostrar talento nos malabares entre uma volta e outra no skate park. Japinha levou a irreverência para a pista, brilhou em sua última tentativa na final e garantiu a medalha de bronze para o Brasil.

Japinha subiu no pódio em sua estreia nas Olimpíadas
Japinha subiu no pódio em sua estreia nas OlimpíadasLuiza Moraes/COB

O paranaense de 23 anos ficou uma posição à frente do compatriota Pedro Barros, lenda da modalidade, que conquistou a prata em Tóquio. A final do skate park ainda teve outro brasileiro, Luigi Cini, que terminou em 7º.