Debinha, atacante da Seleção feminina: "Futebol feminino não é caridade"
Na última semana, ela venceu o prêmio de "Melhor jogadora atuando no exterior" concedido pelo SambaFoot.
Na entrega, Debinha voltou a reforçar a importância de um outro tratamento para a modalidade. "Olhando 10 anos atrás, demos um grande passo. Mas ainda vejo que temos um grande caminho para percorrer. Não basta clubes de camisas com um time feminino, tem que investir. Futebol feminino não é caridade. É o nosso trabalho e merecemos respeito e o nosso direito", aponta. Em 2022, Debinha fez 27 gols e deu seis assistências em 42 jogos.
Com experiência em diferentes ligas, ela teve a chance de ver de perto o tratamento que acontece dentro e fora do país, sabendo bem o que precisa melhorar para que um outro nível seja alcançado no Brasil.
"Já atuei em clubes de países e continentes diferentes e sou muito grata por isso. Pude conhecer novas culturas e aprender estilos de jogos diferentes. Vejo uma evolução muito grande no futebol feminino mundialmente."
"Mas, infelizmente, alguns países são mais valorizados que outros. Essa é uma das nossas lutas diárias, e espero que em um futuro próximo a gente possa ter essa igualdade não só entre clubes femininos, mas no masculino também", sugere.
Copa do Mundo
O ano de Copa sempre gera grande expectativa pelo que está por vir, com o Brasil ainda buscando uma conquista inédita. "Evoluímos muito como equipe e sabemos que temos talentos para fazer a diferença, acho que é uma das nossas vantagens. Estamos no caminho certo. Temos a chance em nossas mãos, só depende de nós", conta.
O grupo do Brasil ainda conta com Panamá, França e Jamaica. A estreia brasileira acontece no dia 24 de julho contra as panamenhas.
No dia 6 de abril, em Wembley, o Brasil encara a Inglaterra na disputa da "Finalíssima", torneio de jogo único entre os atuais campeões da Europa e América do Sul. No dia 11, está marcado amistoso contra a seleção da Alemanha.