Este é o episódio mais recente da queda de braço entre o presidente da LaLiga (organizadora do torneio), Javier Tebas, e o chefe do grupo beIN e presidente do Paris Saint-Germain, Nasser Al Khelaifi.
Um porta-voz da LaLiga confirmou à AFP que a organização iniciou um processo judicial "para garantir o pagamento das cotas determinadas em contratos de direitos de transmissão televisiva internacional, após o atraso de pagamento do beIN".
Enquanto faz um estudo completo do caso, um tribunal espanhol decidiu congelar os 50 milhões de euros do grupo catari.
Nos últimos cinco anos, o beIN pagou cerca de 1,5 bilhão de euros à LaLiga pelos direitos de transmissão internacional. A rede de televisão transmite o Campeonato Espanhol em três continentes e 35 países.
"O beIN é um dos grupos de comunicação mais importantes no mundo do esporte e entretenimento. Nossa reputação se baseia em décadas de investimentos, transmissões do mais alto nível, relações sólidas e de longo prazo com os donos dos direitos e um acompanhamento cuidadoso dos pagamentos", disse à AFP um porta-voz do beIN Media Group.
"Não divulgaremos publicamente o conteúdo de nenhuma conversação privada que tenhamos com a LaLiga ou qualquer dono de direitos. Esta não é a forma correta de fazer negócio, especialmente por parte de instituições profissionais e reconhecidas", acrescentou o porta-voz.
Al Khelaifi, também presidente da Associação de Clubes Eropeus (ECA), é alvo habitual de críticas de Javier Tebas.
Tebas, por exemplo, qualificou de "um insulto ao futebol" a renivação do atacante francês Kylian Mbappé com o PSG. Em julho, a LaLiga solicitou a anulação do contrato de Mbappé no Tribunal Administrativo (TA) de Paris.