Dinamarca sentiu falta de inspiração e objetividade do seu camisa 10 Eriksen
Pela primeira vez na história, a Dinamarca se despede de uma Copa sem, ao menos, vencer um jogo na fase de grupos. Tal desempenho mostra como o time europeu ficou abaixo das expectativas, principalmente na rodada de estreia, quando o empate sem gols contra a Tunísia acabou fazendo muita falta na rodada final.
O mapa de calor mostra que Eriksen percorreu boa parte do campo durante os 90 minutos, com mais intensidade pelo lado esquerdo do ataque vermelho. Com a bola no pé, ele criou pouco e o time sentiu falta de uma postura mais contundente do seu capitão, muitas vezes sumido e sem assumir a responsabilidade que lhe cabe.
Contra a Austrália, Eriksen, assim como seu time, foi melhor no primeiro tempo, antes de cair de produção no segundo. A impressão que passou é que a Dinamarca, sob pressão, após sofrer o primeiro gol, que obrigou seu time a virar o placar, teve ainda mais dificuldades na parte criativa.
Eriksen não conseguiu fazer o time ter o dinamismo necessário para criar jogadas com frequência e assustar a Austrália. Poucas foram as chances reais de gol da Dinamarca na partida, com os momentos de maior pressão acontecendo nos minutos finais, na base do "abafa".
Faltou inspiração e objetividade aos dinamarqueses, que pararam na sua própria limitação de organizar jogadas e ter o mínimo de criatividade. Sem o seu camisa 10 em um bom dia, ficou ainda mais complicada a missão da Dinamarca de vencer uma organizada e bem postada Austrália, que mostrou mais eficiência em uma das poucas chances de gol criadas.