Entenda as razões por trás da saída de Roberto Mancini da seleção italiana
Recentemente, a Federação Italiana elevou Roberto Mancini ao cargo de coordenador. Com a nova função, ele passou a cuidar das seleções Sub-21 e Sub-20. Mas essa mesma medida teria azedado o relacionamento entre o agora ex-técnico da Azzurra e a federação local.
É por isso que seu pedido de demissão, que certamente pareceu surpreendente, é relativamente inesperado. O clima dentro da seleção da Itália provavelmente já estava abalado na época da Final Four da Liga das Nações, e Mancini havia deixado escapar mais do que algumas dicas sobre sua suposta impaciência.
O treinador também estava incomodado com as perspectivas futuras da seleção, que não se renovou depois da vitória na Euro 2020 e o consequente fracasso na classificação para a Copa do Mundo do Catar.
A medida tomada pela Federação de transformar o técnico em dirigente das equipes Sub-21 e Sub-20 teria tido o efeito exatamente oposto, quebrando as certezas construídas ao longo dos anos.
Mancini, já "órfão" de Vialli, teria sido privado de outros preciosos colaboradores históricos, como Evani, Nuciari e Lombardo, rebaixado e deslocado para ser o técnico da equipe Sub-20.
A caminho da Arábia Saudita?
Desde o início, era natural pensar que a saída de Mancini poderia estar ligada à sua chegada à Arábia Saudita, o grande ímã do futebol atual.
E enquanto esperamos por uma confirmação nesse sentido, essa pista parece confiável por um motivo: a seleção do Oriente Médio está sem um treinador desde a saída de Hervé Renard e poderia tirar proveito da decisão de Mancini.