A Federação Polonesa de Esgrima (PZS) cancelou a etapa da Copa do Mundo feminina, prevista para acontecer entre 21 e 23 de abril, em Poznan, depois que a Federação Internacional de Esgrima (FIE) anulou a proibição de atletas da Rússia e Bielorrússia no congresso extraordinário do mês passado.
"Queríamos que todos os atletas e colaboradores assinassem uma declaração de oposição ao regime de Vladimir Putin", disse o secretário-geral da PZS, Jacek Slupski, à Reuters na sexta-feira.
"A ideia era mostrar que todos se opõem à agressão da Rússia e da Bielorrússia contra a Ucrânia, mostrando que não são soldados profissionais nem trabalham em quaisquer outros órgãos de segurança destes países".
"Infelizmente, a Federação Internacional de Esgrima não permitiu que fossem utilizados quaisquer procedimentos internos. A exigência é que fossem cumpridos apenas os procedimentos estabelecidos pela Federação Internacional. Isto é inaceitável para nós".
A decisão da FIE levou a Federação de Esgrima da Ucrânia (NFFU) a dizer que boicotaria todos os eventos em que estivessem incluídos russos e bielorussos, enquanto centenas de esgrimistas se opuseram publicamente à decisão da FIE numa carta aberta. Os organizadores na Alemanha e na Dinamarca também cancelaram os eventos da FIE.
"Recebemos muitas palavras calorosas e felicitações de muitos países ocidentais, dizendo que a nossa atitude foi muito corajosa e que eles se juntam à nossa posição oficial e dura", disse Slupski.
"Estes são principalmente países escandinavos, como Finlândia, Suécia, Noruega e Dinamarca. Aguardamos confirmação da Alemanha e França. Penso que Espanha, Portugal também. Não excluímos uma ação judicial conjunta para o tribunal (CAS) em Lausanne e um recurso contra a decisão do Congresso da FIE".