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Red Bull e Verstappen chegam pressionados a Baku; McLaren vai ao ataque em busca do título

AFP
Ritmo de Verstappen caiu após 10ª corrida da temporada
Ritmo de Verstappen caiu após 10ª corrida da temporadaEibner-Pressefoto/Annika Graf
Oito pontos. Essa é a pequena vantagem no Mundial de construtores que a Red Bull tem sobre a McLaren, que pode deixar o circuito de Baku no próximo fim de semana como líder pela primeira vez em mais de dois anos.

Não só a liderança na disputa entre as equipes estará em jogo no circuito urbano da capital do Azerbaijão: Lando Norris poderá continuar diminuindo a distância na classificação do Mundial de pilotos em relação a Max Verstappen que, até a metade do campeonato, parecia ter o quarto título consecutivo nas mãos.

O verão europeu deixou claro que a Red Bull não é mais a equipe que dominou com mão de ferro a categoria máxima do automobilismo mundial em 2022, 2023 e até o final de junho passado, e que Max Verstappen não deve conquistar com facilidade o quarto título consecutivo.

Tudo mudou após a metade do campeonato, quando o holandês havia vencido oito das 10 primeiras corridas e saído do Grande Prêmio da Espanha com 69 pontos de vantagem sobre Lando Norris (McLaren) no Mundial de Pilotos e 71 sobre Charles Leclerc (Ferrari).

Desde então, foram realizadas mais seis corridas e nem Verstappen nem Red Bull voltaram a subir ao topo do pódio.

Seis GPs sem vitória da Red Bull

É verdade que Verstappen aliviou esse prejuízo graças a três segundos lugares e aos erros cometidos pelos adversários, mas a trajetória do mexicano Sergio Pérez, segundo piloto da equipe austríaca, revela que a Red Bull já não é tão temível como há algum tempo.

Se por um lado "Checo" subiu ao pódio em cinco das seis primeiras corridas, ele não chega entre os três primeiros desde Miami, no início de maio.

E na classificação do Mundial de Construtores, a diferença da Red Bull em relação à McLaren foi reduzida para apenas 12 pontos, quando chegou aos 93 pontos após o GP da Espanha.

Só os erros estratégicos da McLaren permitiram até agora a Verstappen manter uma vantagem confortável no Mundial de pilotos (62 pontos sobre Norris), como no último Grande Prêmio, em Monza, quando as McLaren fizeram duas paradas nos boxes, contra apenas uma da Ferrari, que aproveitou para obter a vitória em casa com Leclerc, apesar de os dois pilotos da equipe britânica terem conquistado os dois primeiros lugares do grid antes da prova.

Última corrida na Europa

McLaren e Ferrari, sem esquecer da Mercedes, vencedora de três dos últimos seis GPs, terão a oportunidade no exigente e complicado circuito urbano de Baku de manter a pressão sobre a Red Bull naquela que será a última corrida da temporada em território europeu.

A luta pelo título do Mundial não será o único ponto de interesse neste fim de semana em Baku, que acontece poucos dias após o anúncio da contratação do engenheiro e projetista britânico Adrian Newey pela Aston Martin.

Não significa necessariamente que o "guru" da Fórmula 1, segundo muitos o melhor engenheiro da história da categoria, vá fazer os carros verdes andarem mais rápido, principalmente considerando que ele só se juntará à sua nova equipe em março do próximo ano, mas com certeza será um dos temas das conversas no "paddock", até porque o anúncio da sua saída da Red Bull, em maio passado, coincidiu com o início do seu declínio.

Depois de sua promissora estreia pela Williams, em que terminou em 12º lugar em Monza, está será a segunda corrida na Fórmula 1 do argentino Franco Colapinto, de 21 anos, que precisa mostrar serviço se quiser ganhar uma vaga no próximo ano.

Outro jovem também correrá em Baku, o britânico Oliver Bearman. Ele substituirá o sancionado Kevin Magnussen na Haas, numa prévia do que acontecerá daqui a alguns meses, quando o o piloto de 19 anos assumir o carro do dinamarquês.

Em sua única corrida até agora na F1, pilotando uma Ferrari no lugar do espanhol Carlos Sainz, que havia sido operado de uma apendicite, Bearman terminou em sétimo em outro circuito de rua, em Jidá, na Arábia Saudita.