Fernando Alonso enfrentou um desafio feroz em seu Aston Martin, mas não conseguiu impedir que o atual bicampeão mundial da Red Bull ampliasse sua liderança na categoria.
A AFP Sport analisa três coisas que aprendemos em uma intrigante 80ª corrida do clássico circuito de rua do Mediterrâneo:
Verstappen mostra sua coragem
O holandês de 25 anos demonstrou no domingo que tem a coragem bruta para enfrentar qualquer desafio.
Sua velocidade e habilidade com pneus médios desgastados, quando resistiu à perseguição de Alonso, foi uma demonstração de talento supremo.
Verstappen administrou seu ritmo e suas colisões com as barreiras para construir uma margem que garantiu a vitória, apesar da chegada de uma tempestade.
"Tínhamos margem suficiente para que, mesmo se estivéssemos cinco ou seis segundos fora do ritmo, ainda estaríamos três ou quatro à frente", disse o chefe de equipe da Red Bull, Christian Horner.
"Mas é preciso tirar o chapéu para Fernando neste fim de semana. Achei que Max e ele foram excelentes. O resto da equipe estava muito atrás."
"Foi ótimo ver a confiança de Fernando e a maneira como ele está dirigindo. Ele e Max são muito parecidos - na maneira como dirigem e como são tenazes. Eles estão sempre pressionando. Você pode ver como eles gostam da luta."
Em resposta ao desafio, Verstappen levou seu carro ao limite.
"Eu bati nas paredes algumas vezes", disse ele. "Foi super difícil lá fora hoje, mas é isso. Mônaco é assim."
Contra um adversário obstinado, Verstappen, com pneus rasgados, não recuou.
O veterano Alonso faz um longo jogo
Aos 41 anos, Alonso pode não ter conseguido o triunfo romântico que muitos fãs queriam, mas provou que tem a garra e a velocidade necessárias para desafiar sua idade.
Apesar de uma troca de pneus mal avaliada, ele ficou confortavelmente em segundo lugar, tornando-se o mais velho a chegar ao pódio em Mônaco desde Jack Brabham em 1970.
"O campeonato é longo", disse ele. "Este é o esporte a motor. Tudo pode acontecer. Em ritmo puro, acho que ainda não temos chance, mas com certeza não vamos desistir.
"Para ser honesto, não estou ficando obcecado com isso. Ficarei feliz lutando pelo campeonato com todos os segundos lugares até o final do ano ou lutando pelo campeonato no próximo ano.
"Este ano é apenas um presente, o que estamos tendo a cada fim de semana é apenas uma celebração para a equipe. Não esperávamos isso e é apenas uma preparação para o próximo ano, então esperamos que coisas boas estejam por vir."
Uma olhada por baixo das saias
Quando os guindastes retiraram a Mercedes de Lewis Hamilton e a Red Bull de Sergio Perez do circuito de rua estreito depois de acidentes nos treinos e na classificação, a visão inesperada de seus chassis criou um pequeno frenesi.
O chefe da equipe Mercedes, Toto Wolff, lamentou a abordagem "Cirque de Soleil" das equipes de resgate, enquanto outros ficaram entusiasmados.
"Graças a Sergio Perez, toda a F1 viu o lendário assoalho da Red Bull", disse Ted Kravitz, da Sky Sports. "É algo maravilhoso e belo - especialmente quando você o compara com os assoalhos da Mercedes e da Ferrari, que também vimos em guindastes."
"Em comparação, eles parecem pré-históricos."
O diretor de desempenho da Aston Martin, Tom McCullough, disse que estava grato por seu carro não ter sido levantado em exposição após um acidente.
"Os aerodinamicistas nunca querem isso", disse ele. "Você pode aprender muito só de ver o desgaste da prancha.
"Há muitos aerodinamicistas muito empolgados no pit lane olhando para essas fotos."