O clube, o Arema FC, também foi multado em 250 milhões de rúpias (US$ 16.398), disse Erwin Tobing, chefe do comitê de disciplina da associação, em entrevista coletiva. Os torcedores do Arema FC criaram um centro improvisado em Malang para receber denúncias e afirmaram que pretendem iniciar um processo contra os policiais, que acusam de provocar várias mortes com ação indiscriminada contra os espectadores.
A polícia descreveu o incidente como um "motim" no qual morreram dois agentes. Os torcedores denunciam uma ação desproporcional.
"Se houve um motim, eles deveriam ter disparado (o gás lacrimogêneo) no gramado, não nas arquibancadas", declarou à AFP Danny Agung Prasetyo, coordenador do grupo de torcedores do Arema.
"Muitas vítimas estavam nas arquibancadas. Entraram em pânico com o gás", acrescentou.
O número de mortos subiu para 131, informou nesta terça-feira (4) uma fonte do serviço de saúde local. As seis vítimas adicionais (o balanço anterior era de 125) não resistiram aos ferimentos sofridos na noite de sábado.
O chefe de polícia de Malang, Ferlo Hidayat, foi destituído na segunda-feira e nove agentes foram suspensos. Outros 19 estão sob investigação, anunciou o porta-voz da Polícia Nacional, Dedi Prasetyo.
O governo indonésio suspendeu a Liga Nacional e criou uma comissão para investigar a tragédia. As conclusões devem ser apresentadas em no máximo três semanas.
As arquibancadas do estádio Kanjuhuran estavam lotadas com os torcedores do Arema FC para a partida contra o grande rival Persebaya Surabaya.
Os torcedores invadiram o gramado após a derrota de 3-2, a primeira sofrida pelo Arema em mais de duas décadas no clássico da ilha de Java Oriental.
A polícia respondeu com agressões, o que levou os torcedores a fugir para o gramado.
Desde que surgiram os primeiros detalhes da tragédia, os pedidos por uma investigação independente são cada vez mais intensos.