Federação Camaronesa de Futebol rejeita renúncia de Samuel Eto'o
Na segunda-feira, Samuel Eto'o "apresentou sua renúncia aos membros do órgão executivo federal e os convidou a fazer o mesmo", escreveu o secretário geral da Fécafoot, Blaise Djounang, em um comunicado divulgado na manhã desta terça-feira (6).
"Os membros do Comitê Executivo decidiram continuar no cargo e (...) rejeitaram unanimemente a renúncia do presidente", acrescentou o comunicado.
Eleito para presidir a Fécafoot em 11 de dezembro de 2021, Samuel Eto'o continuará seu mandato de quatro anos, assim como os outros membros do comitê executivo, que pretendem "continuar com o mesmo ímpeto o trabalho de reconstrução e desenvolvimento do futebol em Camarões", concluiu o comunicado.
O objetivo da reunião do Comitê Executivo foi fazer um balanço da participação dos Leões Indomáveis na Copa Africana de Nações na Costa do Marfim. A equipe comandada pelo técnico Rigobert Song, outro ex-astro do futebol camaronês, foi eliminada da competição nas oitavas de final pela Nigéria (2 a 0).
Samuel Eto'o está enfrentando uma rebelião interna no Fécafoot. O ex-craque do Barça é acusado de gestão autoritária, suspeita de manipulação de resultados e um acordo de patrocínio pessoal com um site de apostas. Seus oponentes chegaram a escrever para a FIFA e a CAF para reclamar.
"Não é perante o Comitê Executivo que o presidente pode apresentar sua renúncia, mas perante a Assembleia Geral que o elegeu da mesma forma que os outros membros do Comitê Executivo", disse à AFP na terça-feira Guibaï Gatama, membro do Comitê que se opõe à atual gestão do Fécafoot, que o expulsou antes que o Tribunal Arbitral do Esporte (CAS) anulasse a sanção em agosto de 2023.
"Mesmo que o Comitê Executivo tivesse recebido sua renúncia, ela não teria sido legal. Essa decisão é um truque para evitar ser julgado. O Sr. Eto'o não tinha intenção de renunciar", continuou Gatama, que não voltou a fazer parte do Comitê Executivo apesar da decisão do CAS.