A sanção foi imposta com base em investigações sobre o que aconteceu durante um almoço organizado pelos jogadores do clube no dia 20 de dezembro. "Lamento profundamente o que aconteceu, a estupidez do meu gesto, o dano causado a um amigo, o dano causado ao meu time, aos meus companheiros, ao país que represento e ao jogo que amo", disse Nemer em comunicado .
"O racismo não tem e nunca terá nenhum papel na minha vida, assim como não deveria ter nenhum papel na vida de nenhum de nós", acrescentou.
Ao decidir sobre a sanção, a Justiça Federal levou em consideração o desejo de Nemer de esclarecer tudo o que aconteceu, já que o jogador também renunciou ao direito de recorrer da sentença.
A Federação Italiana de Rugby, em acordo com a Benetton Rugby, informou que Nemer, 11 vezes convocado para a seleção da Itália, participará ativamente do Projeto FIR Migrantes e, simultaneamente, participará de um curso de treinamento e conscientização sobre questões de integração.
O futuro do atleta na seleção dependerá da sua participação e conclusão no curso de formação e sensibilização, o qual deverá ser certificado pela entidade organizadora.
Traore nasceu na Guiné, mas vive na Itália desde os sete anos de idade. Ele defende o clube do norte de Treviso e a seleção italiana. Após o incidente, Traore escreveu no Instagram que normalmente não reagia a "piadas racistas" para não fazer inimigos.
Mais tarde, ele disse que aceitou um pedido de desculpas da equipe pelo que aconteceu. Houve inúmeros incidentes de atletas negros na Europa sofrendo insultos racistas.
No início desta semana, um boneco vestindo a camisa 20 do atacante do Real Madrid, Vinicius Jr, (22) foi pendurado em uma ponte fora do centro de treinamento do clube antes do clássico de Madri.
Em outubro do ano passado, Paola Egonu (24), uma jogadora negra de vôlei, anunciou que estava dando um tempo na seleção italiana após comentários questionando sua nacionalidade.