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Federações decidirão sobre transgêneros em Paris-2024, diz ministra francesa

A ministra francesa do Esporte e dos Jogos Olímpicos, Amélie Oudéa-Castera
A ministra francesa do Esporte e dos Jogos Olímpicos, Amélie Oudéa-CasteraProfimedia
A ministra francesa do Esporte e dos Jogos Olímpicos, Amélie Oudéa-Castera, afirmou nesta quarta-feira que a presença de atletas transexuais nos Jogos de Paris-2024 dependerá das regras adotadas pelas federações esportivas internacionais.

"É uma questão difícil e evolutiva, em que estamos a navegar entre duas exigências, inclusão e respeito pela igualdade desportiva", disse à France Info quando questionada sobre a recente decisão da World Athletics de excluir os transexuais das competições femininas.

"Nem todos estão nessa linha. O progresso científico clarificará a decisão desses atores", disse ela, sugerindo que os estudos, particularmente sobre o papel da testosterona no desempenho atlético, podem esclarecer os pontos de controvérsia.

No que diz respeito a Paris-2024, a regra "dependerá de cada uma das federações internacionais", afirmou.

Em agosto de 2021, nos Jogos de Tóquio, Laurel Hubbard, halterofilista da Nova Zelândia, fez história ao tornar-se a primeira mulher abertamente transgênero a participar de um evento olímpico. Ela cumpriu os critérios de qualificação olímpica, que exigiam um nível de testosterona inferior a 10nmol por litro durante pelo menos 12 meses.

O Comitê Olímpico Internacional (COI) desistiu no final de 2021 de estabelecer diretrizes uniformes para os critérios de participação de atletas intersex e transgêneros. Deixou, assim, o caminho aberto para que as federações internacionais decidissem.

Sobre à cerimênia de abertura Paris-2024, a ministra francesa disse que os pormenores "estão a ser afinados", referindo-se a relatos de que poderia haver uma capacidade para 600 mil pessoas (incluindo 500 mil gratuitas) nas margens do rio Sena.

"De qualquer modo, haverá várias centenas de milhares de pessoas, que poderão desfrutar deste desfile de atletas ao longo de seis quilômetros do Sena", disse ele.

Oudéa-Castéra disse que o diretor artístico da cerimônia, Thomas Jolly, "apresentará elementos do seu trabalho ao COI" e que isto permitirá "que a dimensão da segurança seja afinada posteriormente".