FIFA promete triplicar prêmio da Copa do Mundo Feminina de 2023
Infantino revelou a nova premiação durante suas observações finais no 73º Congresso da FIFA em Kigali, Ruanda, após ser reeleito presidente da entidade até 2027.
O valor, entretanto, ainda é consideravelmente inferior ao total de US$ 440 milhões distribuídos na Copa do Mundo masculina do Catar no ano passado.
"Pela primeira vez, eu (planejo) dedicar uma parcela específica deste pagamento, que tem que ir principalmente para o desenvolvimento do futebol, mas uma parcela específica disso deve ir, naturalmente, para as jogadoras", disse Infantino, ao anunciar um plano de três etapas para desenvolver o lado feminino do esporte.
A primeira etapa, anunciou ele, será a igualdade de condições e serviços, tais como hospedagem e voos, para todos os homens e mulheres que jogam em uma Copa do Mundo.
"Esta será uma realidade já para o Mundial em 2023. As atletas e a equipe técnica na Copa do Mundo Feminina de 2023 terão as mesmas condições da Copa do Mundo de 2022”, prometeu. No Mundial da Nova Zelândia/Austrália deste ano, as seleções femininas terão campos de treinamento dedicados.
O segundo passo é alocar dinheiro da Copa para o desenvolvimento do esporte. Já o terceiro passo, disse ele, seria o mais complicado e incluiria uma estratégia de marketing dedicada ao jogo feminino.
"Nossa missão será conseguir igualdade nos prêmios para as Copas do Mundo de 2026 dos homens e 2027 das mulheres", afirmou o presidente da FIFA recém-reeleito.
O FIFPRO, o sindicato global de jogadoras de futebol, aplaudiu o anúncio de Infantino, dizendo que ele mostra a intenção das jogadoras e da FIFA de trabalharem juntas.
Em outubro, 150 jogadoras escreveram à FIFA buscando condições iguais para o Mundial feminino.
"Através da voz e solidariedade das atletas em todo o mundo durante meses e anos de campanha, foi feito um progresso significativo nas condições, prêmio monetário e redistribuição do prêmio monetário para a Copa do Mundo Feminina de 2023", declarou o FIFPRO.