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FIFA propõe punições contra racismo, incluindo perda de mando de campo

AFP
Cerco para atos de racismo têm tudo para se fechar, ainda mais, no cenário internacional
Cerco para atos de racismo têm tudo para se fechar, ainda mais, no cenário internacionalAFP
A FIFA apresentará uma proposta, durante seu congresso, para implementar punições obrigatórias, incluindo a perda de mando de campo, para incidentes de abuso racista em todas as suas 211 associações afiliadas, disse o secretário-geral da entidade máxima do futebol mundial nesta quinta-feira (16).

Mattias Grafstrom, que foi formalmente nomeado Secretário Geral da FIFA nesta semana, escreveu uma carta a todas as associações afiliadas descrevendo a proposta que inclui regras e sanções, ações em campo e possíveis acusações criminais.

“Nós tornaremos o racismo uma ofensa específica com inclusão obrigatória nos Códigos Disciplinares individuais de todas as 211 Associações Membro da FIFA, diferenciando o racismo de outros incidentes, dando aos atos de racismo suas próprias sanções específicas e severas, incluindo a perda da partida”, disse Grafstrom, com a proposta a ser apresentada no congresso da FIFA em Bangkok na sexta-feira.

“Vamos pausar, suspender e abandonar jogos em casos de racismo, introduzindo um gesto padrão global para que os jogadores comuniquem incidentes racistas e os árbitros sinalizem a implementação do procedimento de três etapas.”

O gesto envolve os jogadores levantando as mãos e cruzando os pulsos para que o árbitro tome conhecimento de um incidente racista.

O procedimento em três etapas adotado pela FIFA envolve o árbitro solicitar um anúncio público para pedir o fim de tal comportamento, suspender a partida até que ele cesse e, em alguns casos, abandonar a partida por completo.

“Nós (...) pressionaremos pelo reconhecimento do racismo como um delito criminal em todos os países do mundo e, onde já for um delito, pressionaremos para que seja processado com a severidade que merece”, acrescentou a FIFA.

A FIFA também procurará desenvolver e promover iniciativas educacionais com escolas e governos e estabelecerá um painel antirracismo composto por ex-jogadores.