"Não há clubes de futebol entre as dez entidades mais ricas do mundo, devemos estar fazendo algo muito errado na Europa", disse Pérez.
O presidente do Real Madrid liderou um grupo de 12 grandes clubes europeus no projeto da Superliga, que desapareceu poucos dias depois de ser anunciado devido à pressão de torcedores e autoridades, tanto esportivas quanto políticas.
Os únicos clubes que desde então tentaram manter viva a chama desta nova competição de elite que seria concorrente direta pela Liga dos Campeões, são Real Madrid, Barcelona e Juventus.
"Nosso amado esporte está doente na Europa, está perdendo a liderança. Os jovens estão cada vez menos interessados, exigem um produto de qualidade que as competições europeias atuais não oferecem", argumentou Florentino.
"Com o maior respeito, entendemos que essas competições devem mudar para oferecer os melhores jogos ao longo da temporada para devolver o futebol ao seu lugar", acrescentou.
Pérez comparou o futebol ao tênis: "Qual é o sentido de privar os torcedores dos grandes jogos? Nadal e Federer se enfrentaram 40 vezes. Nadal e Djokovic 59, é chato?"
"Liverpool e Real Madrid se enfrentaram nove vezes em 67 anos", continuou.
O dirigente também criticou o presidente do PSG, Nasser Al-Khelaifi, que também preside a Associação Europeia de Clubes (ECA) e não estava entre os que lançaram o projeto da Superliga.
"Recentemente, o presidente da ECA disse que Madrid tem medo da ECA. Ainda temos que lembrar ao presidente do ECA quem é o Real Madrid", disse.
"A Superliga ainda está em processo judicial e espera-se que seja resolvida em uma decisão que marcará o futebol europeu e quando for pronunciada, todos trabalharemos juntos para reverter a situação do futebol", alertou Pérez.