Exclusivo: Jairzinho vê Brasil favorito e sem "Neymardependência"

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Exclusivo: Jairzinho vê Brasil favorito e sem "Neymardependência"

Exclusivo: Jairzinho vê Brasil favorito e sem "Neymardependência"
Exclusivo: Jairzinho vê Brasil favorito e sem "Neymardependência"Profimedia
Em clima de Copa do Mundo, o Flashscore conversou com ninguém menos que Jairzinho, o Furacão da Copa de 1970, no México. Ele é um dos dois únicos jogadores que marcaram em todos os jogos de uma edição de Mundial — o outro foi Ghiggia em 1950.

Lenda viva daquela seleção histórica, tricampeã do mundo, Jairzinho comentou sobre suas expectativas para a Copa deste ano, as apostas na seleção e também o futuro da equipe verde a amarela. Trouxe ainda opiniões polêmicas. Confira com a gente.

Qual sua expectiva para a seleção brasileira nesta Copa? O Brasil tem condições de conquistar o hexacampeonato no Catar? 

O Brasil é um dos favoritos ao título, não tenho dúvidas. Não vejo nenhuma outra seleção que nos faça temer, a não ser as tradicionais, e o Brasil é uma delas. Nós temos um bom plantel, jogadores de qualidade, um treinador muito bom. Minhas expectativas são as melhores e podemos, sim, ser campeões novamente. 

Você acha que hoje, enfim, a seleção não tem mais a chamada "Neymardependência"? 

Sabe, eu discordo muito disso, de nós estarmos dependentes de um único jogador. Um jogador não faz nada sozinho dentro de um time. Isso aconteceu naquele time de 1970. Todo mundo falava do Pelé, mas a grande atração foi Jairzinho, junto com Rivellino, Tostão, Gérson. Nós apenas fomos canais, companheiros, um time, para que o Pelé também pudesse brilhar. 

Veja o calendário do Brasil na Copa do Mundo do Catar

E qual é o sentimento que você tem em torno desta seleção, pelo peso de sua história com a camisa verde e amarela? 

É um sentimento de total atenção, incentivo, para que esse grupo que lá estará possa fazer o Brasil voltar a ser campeão, voltar outra vez a ser um time que encanta o torcedor e une o povo brasileiro. 

Quais são suas maiores lembranças da Copa do Mundo de 1970? E como você viu sua confiança aumentando para se tornar o "furacão" daquele Mundial? 

O que me marcou foi o carinho e a recepção que os mexicanos nos proporcionaram, porque o Botafogo era o time brasileiro que mais jogava no México, fazíamos diversas excursões para lá. Nós já éramos mais conhcidos no México e os mexicanos passaram para o nosso lado, vibrando e torcendo por nós. E eu não posso deixar de falar daquele time montado. Um esquadrão. O Brasil nunca montou uma seleção com a presença de cinco camisas 10 e, graças a Deus, conseguimos fazer isso dar certo. Para mim, uma das maiores seleções da história.

O meu objetivo era justamente chegar à final e foi o que aconteceu. Eu contribuí junto com todos os meus colegas e dá para ver esse carinho com que as pessoas se recordam de nós quando dou uma entrevista como essa, faz um reconhecimento de todos. Naquela seleção, o único conhecido era o Pelé, mas todos escreveram seu nome de forma definitiva na história. Aquela Copa teve o Jairzinho, que marcou em todos os jogos de um Mundial. 

Por que você acha que o futebol brasileiro não conseguiu mais vencer uma Copa desde 2002? 

Em 1970, todos nós jogávamos no Brasil. Hoje é cada um jogando em um país e isso leva a essa falta de entrosamento, até porque a preparação é muito curta. Não dá para você ajustar uma seleção em apenas duas ou três semanas. É preciso tempo, estar junto. Acho que falta isso à seleção. E não é porque os outros países evoluíram. É porque não estamos conseguindo ter o mesmo tempo de treino que essas seleções possuem. 

A era Tite está para acabar. Você concorda com um técnico estrangeiro na seleção brasileira? 

Técnico estrangeiro eu discordo. Eles não sabem mais do que nós, estamos cheio de grandes teinadores aqui no Brasil, com grande conhecimento. É preciso apenas que quem manda no futebol faça a melhor decisão e, com certeza, seremos bem comandados. 

Acompanhe tudo sobre a Copa do Mundo no Flashscore