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Fora da NFL há 7 anos, Kaepernick pede chance aos Jets em carta

Josias Pereira, com informações da AFP
Colin Kaepernick, que não joga na liga desde 2016, enviou uma carta ao New York Jets
Colin Kaepernick, que não joga na liga desde 2016, enviou uma carta ao New York JetsProfimedia
Colin Kaepernick, que não joga na NFL há sete anos depois que seus protestos por justiça social provocaram polêmica, está pedindo um emprego ao New York Jets.

O ex-quarterback do San Francisco 49ers, de 35 anos, escreveu uma carta para o gerente geral do Jets, Joe Douglas, pedindo um lugar no practice squad, a equipe de treinamento da franquia da Big Apple. 

"Eu ficaria honrado e extremamente grato pela oportunidade de entrar e liderar o elenco de treinamento", escreveu Kaepernick em uma carta tornada pública pelo rapper J Cole nas mídias sociais.

"Eu faria isso com a única missão de preparar sua defesa a cada semana."

Os Jets ficaram surpresos quando Aaron Rodgers, quatro vezes o Jogador Mais Valioso da NFL, perdeu a temporada com apenas quatro jogadas no jogo inaugural de 2023. O quarterback de 39 anos, obtido em um acordo com o Green Bay Packers, sofreu uma lesão no tendão de Aquiles na vitória sobre o Buffalo.

Os Jets conseguiram apenas 10 pontos em cada uma das duas derrotas desde então, caindo para Dallas e New England, já que o reserva Zach Wilson está longe do mesmo padrão de jogo de Aaron Rodgers. 

Isso gerou críticas dos torcedores, inclusive do ex-quarterback e ídolo do Jets, Joe Namath, que descreveu o jogo de Wilson como "horrível" e "nojento" e disse que era preciso mudar.

Kaepernick admitiu em sua carta que uma das razões pelas quais ele queria trabalhar com os reservas da equipe era para que os Jets pudessem "dar uma olhada real em como estou em termos de futebol em situações de jogo contra uma defesa de elite".

Kaepernick se autodenominou "um plano de contingência sem riscos", vendendo-se caso Wilson não conseguisse dar ânimo ao Jets, que era visto como um candidato ao título com Rodgers comandando o ataque.

Fora dos planos após protestos 

Na pré-temporada de 2016, Kaepernick começou a se ajoelhar durante a execução do hino nacional dos EUA antes dos jogos, dizendo que estava protestando contra a injustiça racial e a brutalidade policial, com uma reação polarizada ao movimento.

Após a campanha de 2016, o 49ers contratou um novo técnico e mudou os esquemas ofensivos, o que fez com que Kaepernick optasse por sair de seu contrato para se tornar um agente livre.

Ele não foi contratado por nenhuma equipe para a temporada de 2017 e, quando outros jogadores começaram seus próprios protestos, o então presidente Donald Trump declarou que os proprietários da NFL deveriam demitir os jogadores que se recusassem a ficar de pé para o hino.

Kaepernick entrou com uma queixa contra a NFL em outubro de 2017, dizendo que as equipes da NFL conspiraram para mantê-lo fora da liga. Em fevereiro de 2019, a NFL chegou a um acordo confidencial com Kaepernick e a queixa foi retirada.

Embora não jogue desde 2016, Kaepernick diz que nunca se aposentou ou parou de treinar na esperança de ter uma chance de voltar à NFL.

Sieman é anunciado pelos Jets

Seu apelo aparentemente não foi suficiente, pois os Jets anunciaram nessa terça-feira (26) que contrataram Trevor Siemian como quarterback do elenco de treinamento.

Siemian, 31 anos, é quarterback da NFL desde 2015, atuando principalmente como reserva. Ele foi dispensado pelo Cincinnati no mês passado entre os últimos cortes. O jogador foi titular em apenas seis jogos nas últimas cinco temporadas.