Orgulho, lágrimas e Evidências empolgando mais que Anitta: como foi a NFL no Brasil
Quando os portões do estádio corintiano se abriram ao público para o jogo entre Philadelphia Eagles e Green Bay Packers, gritos de alegria, celebração e também lágrimas.
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"Só de entrar no metrô e ver várias jerseys (camisas) de vários times, a gente fica emocionado porque sonhamos com isso há muitos anos. É uma sensação indescritível", declarou Bruno Guilherme, empresário e ex-CEO da BFA (Brasil Futebol Americano).
Com a experiência de ter visto jogos da NFL in loco, Bruno também exaltou a organização do evento, que proporcionou aos presentes várias ativações, desde desafios de futebol americano à presença de todos os anéis de campeões da liga, bem como uma gigantesca loja montada no estacionamento da Neo Química Arena e opções instagramáveis.
"Uma experiência muito legal, super bem organizado. Já fui em jogos nos Estados Unidos, e parece que estou nos Estados Unidos", destacou o empresário.
Anderson Lopes, 45 anos, outro fanático por esportes, ressaltou a importância do jogo para a cidade de São Paulo e desejou que mais partidas da liga norte-americana aconteçam na capital paulista.
"Tem que ter mais vezes. É muito bom trazer para o Brasil esse tipo de espetáculo, essas atrações internacionais também abrem novos horizontes. Faz bem para a cidade esses eventos. É importante trazer o lado positivo da cidade de São Paulo", opinou.
Michel Cassola, 46 anos, destacou a capacidade estadunidense de realizar grandes eventos e o quanto o Brasil pode aprender com a experiência de recepcionar um jogo da NFL no país.
Veja detalhes de Philadelphia Eagles x Green Bay Packers
"É uma oportunidade do brasileiro aprender. O americano sabe muito bem como fazer um espetáculo, comercialmente eles são superiores a nós e a experiência de jogo é incrível. Todo esporte é bem-vindo, e é bom ver tanta gente engajada, uma galera enorme, é muito legal", concluiu.
O futebol americano é nosso
Um dos grandes momentos antes de a bola oval voar na Neo Química Arena foi a interpretação do hino nacional brasileiro pela cantora Luísa Sonza, especialmente no verso final, onde o estádio cantou a plenos pulmões "Pátria Amada, Brasil". O orgulho do povo brasileiro foi exaltado por Saquon Barkley, o astro do jogo com três touchdowns.
"Tudo sobre jogar aqui foi lindo. Na hora do hino nacional de vocês eu me arrepiei, nunca ouvi nada assim. Obrigado por tudo", disse o jogador dos Eageles.
Para agitar o evento, a bateria da Gaviões da Fiel foi acionada, todos vestidos com a camisa preta da franquia da Filadélfia, mandante da partida.
A torcida brasileira foi um espetáculo à parte. Na primeira marcação de falta e a sinalização por parte da arbitragem, o público não pensou duas vezes: tome aquele xingamento bem característico do futebol da bola redonda.
Evidências empolgou mais que Anitta
A galera soltou a voz ao som de Raça Negra e também de Evidências, o hino não oficial do país, e curtiu o show da cantora Anitta no intervalo - a bem da verdade tentou, uma vez que a estrela brasileira optou por um show com mais músicas em inglês e espanhol, talvez para privilegiar o público estrangeiro da liga.
Um jogo onde até pedido de casamento teve, além de grandes momentos de interação com a torcida presente. Uma noite memorável, que, mesmo com críticas em relação ao gramado da Neo Química Arena, ficou marcado pela completa satisfação dos fãs.
De quem foi a torcida?
Apesar de jogar como mandante, os Eagles encararam uma fiel torcida dos Packers, que tentaram a todo custo desestabilizar a franquia da Filadélfia. Apesar disso, com o desenrolar do jogo, foi possível perceber que o estádio estava dividido, com fanáticos de todos os times, e os torcedores dos Eagles ganharam mais apoio na reta final, confirmando a vitória.