O técnico do Real Madrid é o "plano A" do presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, para substituir Tite, que deixou o cargo há seis meses após a derrota para a Croácia nas quartas de final da Copa do Mundo do Catar.
Embora o italiano tenha dito que honrará o contrato que o vincula ao Madrid até meados de 2024, a CBF não desiste, apesar das limitações de tempo: as Eliminatórias Sul-Americanas começam em setembro.
"Tivemos contatos e acho que teremos uma definição muito clara até 30 de junho, no máximo", disse Rodrigues ao Globo Esporte na terça-feira.
Enquanto espera por "Carletto", o técnico da seleção brasileira sub-20, Ramon Menezes, assumirá mais uma vez o comando da equipe pentacampeã de forma interina.
Ele fez isso na derrota por 2 a 1 para o Marrocos em Tânger, em março, sua primeira partida desde o Catar, onde a seleção ficou 20 anos sem ganhar o título.
Menezes também está ressentido com a surpreendente derrota de sua equipe para Israel no início do mês nas quartas de final da Copa do Mundo Sub-20 na Argentina.
"Queremos começar a nos preparar (para a Copa do Mundo de 2026) o mais rápido possível. Sabemos como é difícil uma Copa do Mundo, por isso é muito importante trabalhar desde o início com um técnico", disse o atacante Richarlison.
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Mensagem antirracismo
Além de não ter um técnico permanente, os pentacampeões também não contarão com o astro Neymar, que está afastado desde fevereiro com uma lesão no tornozelo direito e tem dúvidas sobre suas perspectivas internacionais.
Mas eles terão uma novidade simbólica: usarão um uniforme preto pela primeira vez em seus 109 anos de história, embora apenas no primeiro tempo da partida que será disputada no estádio Cornellà-El Prat do Espanyol, às 15h30 (horário de Brasília), de acordo com a CBF.
O abandono momentâneo da tradicional camisa amarela faz parte de uma série de ações contra a discriminação racial lançada pela CBF, depois de repetidos ataques ao atacante merengue Vinicius Junior na Espanha.
"É necessário que alguém se mantenha firme para diminuir mais (o racismo), e eu quero fazer isso por todos aqueles que sofrem e não têm a voz que eu tenho", disse o atacante na quinta-feira, que se tornou um símbolo da luta contra o flagelo.
Vinicius está sendo chamado para liderar o ataque da Seleção na ausência de Ney, de 31 anos, cujo futuro no PSG também não está claro.
Caras novas
Faltando três meses para o início das Eliminatórias Sul-Americanas, Menezes optou novamente por algumas caras novas antes dos primeiros jogos do Brasil contra Bolívia e Peru, rumo aos EUA, México e Canadá-2026.
Os laterais Vanderson (Mônaco, FRA) e Ayrton Lucas (Flamengo) e o meio-campista Joelinton (Newcastle, ENG) estão fazendo suas estreias pela Seleção.
Outras estrelas locais, como Raphael Veiga, Rony e André, completam uma delegação que inclui jogadores experientes como Alisson, Ederson, Marquinhos, Danilo e Casemiro.
Eles enfrentam uma equipe da Guiné (79ª no ranking da FIFA) que vem de uma derrota por 2 a 1 para o Egito em uma partida das Eliminatórias da Copa Africana de Nações na quarta-feira.
"Somos uma equipe que ainda está aprendendo", disse o técnico Kaba Diawara.
Os Elefantes Nacionais têm seu homem mais conhecido no meio-campista Naby Keita, ex-Liverpool e recém-contratado pelo clube alemão Werder Bremen.
Após a partida contra a Guiné, o Brasil enfrentará o Senegal em Lisboa na terça-feira, em seu último amistoso antes do início da caminhada para outra Copa do Mundo.
Prováveis escalações:
Brasil: Alisson - Danilo, Éder Militão, Marquinhos, Ayrton Lucas - Casemiro, Joelinton, Lucas Paquetá - Vinicius Jr, Rodrygo, Richarlison. Técnico: Ramon Menezes.
Guiné: Ibrahim Kone - Antoine Conte, Saidou Sow, Mouctar Diakhaby, Issiaga Sylla - Amadou Diawara, Moriba Kourouma - François Kamano, Naby Keita, Morgan Guilavogui - Serhou Guirassy. Técnico: Kaba Diawara.