O treinador português destacou como o projeto do Botafogo surgiu como uma oportunidade única em sua carreira. Após conquistar a Taça da Liga pelo Braga, Artur Jorge foi convencido pelo investidor John Textor a embarcar numa nova aventura.
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O treinador foi motivado pelo desafio depois do sucesso no Braga e da experiência na Liga dos Campeões. Desde a sua chegada ao Botafogo, o treinador verificou que o clube enfrentava uma nova realidade competitiva. "O que mais me surpreendeu foi a competitividade do Campeonato Brasileiro. É bem maior do que imaginava."
A questão da densidade competitiva é, sem dúvida, uma realidade para o Botafogo. Artur Jorge explicou que a sua equipe joga, em média, mais de sete partidas por mês, superando os números de muitos campeonatos europeus.
“Isso faz com que estejamos mais preparados para a realidade atual, para que possamos ter capacidade de usufruir daquilo que é uma outra realidade. Estamos dentro de um clube bem estruturado, com um grande departamento de recuperação, de fisiologia, corpo médico, vivenciando uma realidade que nos dá o suporte necessário. O intervalo de jogos, muitas vezes, é de dois ou três dias”, explicou.
Ao chegar ao Botafogo, Artur Jorge percebeu a necessidade de deixar para trás o trauma da temporada anterior e focar no futuro, explicando que o seu objetivo desde o início foi mudar a mentalidade e direcionar a equipe para o que estava por vir, sem esquecer o que tinha acontecido, mas usando essa experiência como ponto de aprendizagem.
O treinador reconheceu ainda o trabalho necessário para apagar as memórias negativas da temporada anterior, em que o Botafogo perdeu o título depois de estar vários meses na liderança, sublinhando que, embora a conquista de um título ainda não esteja garantida, a transformação do clube já está em andamento.
O treinador português também comentou as diferenças estruturais do Botafogo em relação a outros clubes no Brasil, admitindo que a base do clube ainda está aquém da sua dimensão e que a equipe compete com clubes que dispõe de melhores condições.
No entanto, destacou o salto qualitativo proporcionado pela chegada de John Textor, que trouxe não só melhores condições de trabalho, mas também maior valor humano ao projeto. Além disso, elogiou a paixão e a fidelidade dos torcedores do Botafogo, uma massa de cerca de quatro milhões de apaixonados, que têm sido incansáveis no apoio à equipe, tanto nos jogos em casa como fora do Rio de Janeiro.