Botafogo pode sofrer transfer ban da FIFA por dívida com Luís Castro
O acordo de rescisão na saída de Luís Castro previa que o Al-Nassr pagaria a multa rescisória em duas parcelas, enquanto o Botafogo quitaria o salário daquele mês, prêmios e FGTS. O valor do fundo de garantia só foi depositado em três meses.
O Botafogo concordou em pagar a dívida com o português em 9 de julho de 2023, dois dias depois de o Al-Nassr ter efetuado o pagamento da primeira parcela. Não houve, porém, qualquer sinal do clube brasileiro.
Diante do descumprimento, estava prevista uma multa acessória e juros. Nas várias tentativas de contato que foram feitas, Luís Castro disse abdicar do valor adicional. Ele solicitou apenas que apontassem uma data para o pagamento, sem nunca receber resposta.
Mais tarde, o Botafogo disse que pagaria tudo em cinco parcelas até dezembro de 2023, mas quitou apenas a primeira. Depois disso, o clube não depositou mais as parcelas nem se comunicou com o técnico.
Por outro lado, o Al-Nassr pagou, também, a segunda parcela. Ou seja: o Botafogo recebeu o dinheiro que poderia utilizar para pagar a dívida e nunca o fez.
Com isso, Luís Castro e a sua comissão deram entrada com uma queixa na FIFA. A entidade condenou o Botafogo ao pagamento da dívida até 9 de junho. O prazo é de 45 dias, já que o clube foi notificado em 25 de abril.
Se não quitar a dívida, o Alvinegro ficará impedido de inscrever jogadores durante três janelas de transferências. O clube tinha um prazo para recorrer, mas não o fez, sem qualquer resposta à FIFA.
Procurado pela reportagem, o Botafogo ainda não respondeu. Caso o clube se posicione, o texto será atualizado.